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Etnias indígenas se encontram em evento cultural na Chapada dos Veadeiros

RedaçãoPor Redação14 de julho de 2023
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Todos os anos, populações tradicionais e visitantes da Chapada dos Veadeiros (GO) se reúnem em um encontro de imersão cultural em meio às paisagens deslumbrantes do cerrado goiano. Indígenas dos povos Fulni-ô (PE), Kariri Xocó (AL,DF), Xavante (MT), Alto Xingu (MT), Guarani Mbyá (SC), Kayapó Mebêngôkré (PA/MT), Krahô (TO), Karajá (MT,TO), Huni Kuin (AC) e Yawanawá (AC) participam da edição deste ano da Aldeia Multiétnica, que segue até amanhã. O encontro é promovido pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge.

No intercâmbio de culturas, são compartilhados cantos, danças, rezas, comidas, pinturas tradicionais, ritos e mitos que aproximam os participantes da cosmologia — maneiras de viver e entender o mundo — dos povos indígenas. “É uma imersão cultural, onde também são discutidas políticas públicas voltadas para essas populações. O evento conta com espaços de criação artística, com música, audiovisual e artes plástica, e de compartilhamento das culinárias tradicionais de cada um dos povos que marcam presença na aldeia”, explica o organizador Juliano Basso.

Juliano destaca, ainda, que o encontro também tem a proposta de sensibilizar os não-indígenas visitantes do encontro em relação às diversas culturas indígenas presentes no território brasileiro. “São muitos povos, com suas próprias línguas e formas de ver o mundo. As pessoas que vivem nos centros urbanos dificilmente têm acesso a isso. Esse contato serve para a quebra de preconceitos. E tudo isso ocorre em um espaço muito bonito, em meio ao cerrado, que é uma força muito grande. Além disso, é uma boa oportunidade para conhecer a relação sustentável desses povos com o bioma”, conclui.

Segundo a organização da Aldeia Multiétnica, o evento reúne cerca de 300 indígenas de mais de 10 etnias, além de 200 não indígenas, entre visitantes, voluntários e a equipe, que faz o evento acontecer. Os visitantes diários são, em média, 250. A cada dia do evento, a festa fica por conta de uma das etnias presentes no encontro, iniciando-se ao amanhecer seguindo até o início do dia seguinte.

As mesas abertas de discussões debatem temas como educação e saúde indígenas, a importância da demarcação das terras dos povos originários, segurança alimentar e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata de direitos e princípios fundamentais dos povos indígenas de todo o planeta.

Parentes

Moara Tupinambá, 40 anos, é uma das indígenas participantes do evento. A artista visual paraense lembra que apesar dos povos se unirem em prol da preservação de suas culturas, o intercâmbio entre as etnias ainda não é muito comum. “Não conheço outro evento com essa proposta de troca entre os povos. No Acampamento Terra Livre (ATL), que ocorre em Brasília todos os anos, é possível fazer esses intercâmbios, mas é mais focado na mobilização e luta políticas”, observa Moara.

Na Aldeia Multiétnica, ela atua como facilitadora da Tenda das Artes, onde artistas de vários povos pintam, coletivamente, uma tela de 5 metros de altura. “E os parentes ainda reclamaram porque acharam a tela pequena”, revela entre risos. “Parente” é o termo que os indígenas usam para se referirem uns aos outros, independentemente da etnia de origem. Moara, que trabalha com fotografia, colagem, literatura, desenho e pintura, vê no evento uma chance única de conhecer melhor parentes de todo o Brasil. “Aqui, temos rodas de conversas onde são discutidos conceitos, pensamentos e estratégias de ação dos movimentos e associações indígenas de diversas localidades”, aponta.

O contato com os não-indígenas também é outra experiência enriquecedora. “É importante que muitos conheçam as nossas culturas, porque é muita riqueza. O Brasil precisa se reconhecer como indígena”, declara.

O resgate dos Amary

Participante da Aldeia Multiétnica, Lappa Amary, 35 anos, fez uso do audiovisual para resgatar a história da sua linhagem, trabalho que lhe rendeu prêmio do júri popular no Festival de Cinema e Cultura Indígena de 2022. O mato-grossense é filho de mãe Yawalapiti e de pai Kamayura, de quem sempre ouviu que em suas veias corre sangue Amary, etnia dizimada há muito tempo, cujo único sobrevivente foi o seu tataravô.

“Quando eu era adolescente, não dava muita importância para essa história. Mas, quando estava por volta dos 28 anos, passei a me interessar por essa história que é minha. Após o meu projeto ser aprovado pela Lei Aldir Blanc, passei a ir às aldeias da minha região para entrevistar os mais velhos sobre essa história”, relata Lappa, que carrega o nome da etnia exterminada.

Amary otomo ogopitsa: o resgate da memória Amary, foi exibida durante o encontro na Chapada dos Veadeiros. “Foi muito legal mostrar para os participantes a minha história. E sempre falo para as pessoas, principalmente indígenas, para irem atrás de suas histórias, o que é importante, também, para os não-indígenas, cuja grande parte tem ancestralidade dos povos originários”, diz o cineasta.

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