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Hipster da PF estava com depressão

RedaçãoPor Redação4 de março de 2022
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O policial federal morto depois de um surto na zona rural de Buritinópolis, na noite de quarta-feira (2), Lucas Soares Dantas Valença, de 36 anos, começou a sofrer de depressão durante a pandemia. Ele fazia terapias psicológicas e esta foi a primeira vez que ele teve um surto. O policial ficou famoso na internet em 2016 como “hipster da federal” ou “lenhador da federal” depois de escoltar o político Eduardo Cunha, preso na operação Lava Jato.

Uma amiga da família contou que o policial estava passando alguns dias de descanso em uma propriedade na zona rural de Buritinópolis, onde também comemorava o aniversário do irmão, Eduardo Valença. Ele saiu da casa na noite de segunda-feira (28) para caminhar um pouco. Ele saiu sem celular e sem sua arma. Ele teria se perdido e não conseguiu voltar para casa. Nesses dois dias, ele teria perambulado pela região, mas ainda não há outros registros ou ocorrências envolvendo o nome dele neste período. A Polícia Civil de Goiás investiga o caso.

A morte ocorreu na noite de quarta-feira (2). Lucas, ao que consta no registro da Polícia Civil, antes de ser morto supostamente tentando invadir uma residência em povoado do município de Buritinópolis, cuspiu no quintal da casa, disse que faria o desenho de uma cruz no local e mandou os moradores saírem de lá porque o capeta estava ali. O casal que mora na residência com a filha de 3 anos, prestou depoimento e contou que o policial federal passou alguns minutos na porta antes de invadir.

O auxiliar de almoxarifado Marcony Pereira dos Anjos, de 29 anos, contou que avisou Valença sobre a arma. Ele disparou e acertou a barriga do policial federal, que morreu ainda no local. Marcony afirmou na delegacia que estava deitado com a esposa e a filha quando começou a ouvir os gritos do lado de fora, achando inicialmente se tratar de uma briga na rua. Porém, em seguida, ouviu um homem gritando: “Aparece aqui. Eu sei que tem gente aí dentro, se não eu vou fazer uma cruz e quem tá aí dentro tá no quadrado do capeta e eu vou cuspir aqui na área.”

O caso ocorreu em um povoado de Buritinópolis, a 40 quilômetros da cidade. No boletim de ocorrência não consta o que o agente da PF fazia na região, mas os policiais militares afirmaram no documento que amigos e conhecidos disseram que ele já estava em surto psicótico.

Depois de ter dito que faria a cruz, o policial federal ainda disse que sentaria fora da casa e se acalmou, chegando a pedir desculpas por ter cuspido no quintal. Minutos depois, quando passou um carro fazendo muito barulho, o agente da PF voltou a se agitar gritando contra o motorista e correndo atrás do veículo.

O auxiliar diz que por 20 minutos ficou tudo em silêncio, chegando a cochilar com a esposa, uma dona de casa de 20 anos. Mas acabou acordado por ela por causa de um barulho de passos próximos à casa. Valença então voltou a gritar: “Se ninguém vai abrir a porta pra mim, eu vou arrebentar a porta e vou matar vocês tudo que tá aí dentro”, teria dito, segundo Marcony.

O dono da casa deixou preparada uma arma que ele tinha havia quatro anos, segundo ele uma espingarda de pressão modificada para calibre 22. Valença foi então em direção ao padrão de energia, arrancando o cadeado, quebrando o vidro e desligando a energia da casa. Em seguida, foi correndo em direção a uma porta, chutou-a e invadiu a casa.

Marcony conta que ainda alertou o agente da PF dizendo que estava armado, mas Valença não teria dado atenção, indo em sua direção. Naquele momento, apenas uma luz fraca do poste iluminava o local. O auxiliar deu um disparo, atingindo o policial na barriga.

Em seu depoimento, o morador conta que Valença ainda conseguiu se deslocar para fora da casa, pedindo socorro, dizendo que era policial, antes de cair. O socorro médico, que saiu da zona urbana de Buritinópolis para o povoado, junto com uma viatura da Polícia Militar, demorou cerca de 35 minutos e o agente morreu no local. Marcony chegou a ser preso em flagrante pelo porte de arma e foi solto após pagar uma fiança de R$ 2 mil. O delegado que cuida da investigação, Adriano Jaime Carneiro, de Posse, disse que o caso é tratado, inicialmente, como legítima defesa.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Federal, em Brasília, que informou que a corporação acompanha as investigações e presta todo apoio. A PF também informou que não divulga informações pessoais e funcionais de servidores. A Polícia Civil não deu mais detalhes sobre as apurações.

Disciplina era marca de Lucas

Aprovado no concurso federal, Lucas Valença, de 36 anos, foi transferido para trabalhar na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Voltou para Brasília para fazer o curso do Comando de Operações Táticas (COT) e retornou para o Paraná. Mônica Ferreira é amiga de Lucas Valença há quase 15 anos. Eles se conheceram quando ele ainda estudava para os concursos. “Ele tinha o sonho de ser policial federal. Sempre foi muito estudioso, dedicado, exemplo de disciplina. Logo que passou, quis entrar para o COT e conseguiu. Eu nunca tive dúvidas que ele passaria no que quisesse com a garra que tinha.” Assim que foi aprovado, ele fez o curso do COT, que também motivou uma das suas tatuagens. Ele tinha o número 26 tatuado no peito, como referência ao número que usou durante o treinamento. Alguns colegas também fizeram a mesma tatuagem. 

Ele sempre ressaltava que gostava de morar em Brasília e de buscar as cidades vizinhas para turismo ecológico. Mônica se encontrou com ele há cerca de um mês. Ela disse que ele estava triste, mas confirmou que estava fazendo terapia e se sentindo bem com isso. Ela ressalta que ele era muito querido, cuidava de animais resgatados e querido por todos. Lucas Valença não bebia e não fumava e estava em um momento de espiritualidade e contato maior com a natureza. 

Em uma das entrevistas dadas na época do auge da fama, disse que não atuou na operação que prendeu Eduardo Cunha, apenas escoltou o político. Ele também não havia sido informado com antecedência sobre o fato. Ainda nesta época disse que considerava o ex-juiz Sergio Moro um homem admirável e sua última publicação nas redes sociais, em janeiro, postou uma foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro. 

Fama veio durante a operação Lava Jato

Dedicado e estudioso. Amigo, sensível e amante dos animais. Assim os amigos descrevem o policial Lucas Valença, que foi morto ao supostamente tentar invadir uma propriedade na zona rural de Buritinópolis, em Goiás, na noite de quarta-feira (2). Ele ficou famoso na internet em 2016, quando escoltou o político Eduardo Cunha, preso na operação Lava Jato, de Brasília a Curitiba. Depois disso, a Polícia Federal passou a exigir que os policiais que fizessem escoltas usassem capuz para este tipo de serviço.

O cabelo com coque samurai e a barba renderam apelidos de lenhador da PF. Na época ele chegou a receber diversos convites para fotos e entrevistas, mas sempre negou interesse em sair da corporação. Mas ainda assim, ele foi alvo de procedimento disciplinar por conta da exposição, que fere as recomendações da Polícia Federal. Existe uma diretriz que proíbe autopromoção às custas da corporação. De férias logo depois desta exposição, ele aproveitou a fama, deu entrevistas para Fábio Porchat, Fátima Bernardes, Antonia Fontenelle, entre outros na televisão e internet.

Lucas chegou a contratar assessores para acompanhá-lo em entrevistas e orientar uso das redes sociais. Em entrevista à TV Folha, da Folha de São Paulo, contou sobre a vida pessoal. Ele disse que nasceu em Posse, onde morou até os 7 anos. O pai dele morreu nesta época. A mãe se casou novamente com um pastor evangélico e, por conta da atividade do padrasto, a família se mudou para Crateús, no Ceará. Eles passaram quatro anos no nordeste e, depois, voltaram para Goiás e foram morar em Catalão. A família então se mudou para Goiânia, onde residiram por mais dez anos.

Família

Lucas tinha dois irmãos. Um deles morreu quando eram jovens e o outro, Eduardo Valença, sofreu um acidente de bicicleta. Ainda adolescente, ele brincava com colegas em uma pista, quando caiu de uma grande altura. O irmão do policial federal ficou em uma cadeira de rodas. Nesta época, Lucas já tinha vontade de ser policial federal, mas não passou na primeira tentativa. Ele prestou concurso para a Polícia Militar do DF e foi aprovado. Mas ainda assim, continuava se dedicando para conseguir uma vaga na PF.

Lucas atuou na  força-tarefa de buscas a Lázaro Barbosa, em Cocalzinho de Goiás.

Fonte: O Popular

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