Pouco mais de um mês após a morte de Lucas Soares Dantas Valença, de 36 anos, conhecido como “hipster da Federal”, a Polícia Civil aguarda a finalização de um laudo da Polícia Técnico-Científica para concluir a investigação. O policial federal morreu após ser baleado na barriga em Buritinópolis, no nordeste de Goiás.
Lucas morreu na noite de 2 de março de 2022. O delegado responsável pelo caso, Alex Rodrigues, disse que não vai dar informações sobre a apuração até que o inquérito esteja concluído e enviado à Justiça. Ele também não divulgou que laudo é este que ele aguarda ficar pronto ou o que o documento pode apontar.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Técnico-Científica, por mensagem, às 10h15 desta segunda-feira (4), e aguarda retorno para saber se o órgão pode dar uma previsão de quando o documento deve ficar pronto.
A reportagem também tentou contato com o homem que atirou em Lucas, por mensagem às 10h25 desta segunda-feira, e aguarda retorno para saber se ele quer se pronunciar.
Lucas ficou conhecido nacionalmente após escoltar o então deputado cassado Eduardo Cunha, em Brasília, e chamar a atenção pela postura. Os traços masculinos e porte físico chamaram a atenção e também renderam o apelido de “policial gato”.
Natural de Posse, em Goiás, ele trabalhava na PF, no Distrito Federal desde 2014.
Morte
Segundo a advogada Sindd Campos informou à época da morte de Lucas, o policial federal foi a Mambaí, cidade vizinha a Buritinópolis, para comemorar o aniversário do irmão. Ainda de acordo com ela, o cliente fazia um tratamento contra depressão e nunca tivera um surto até então.
Sindd contou que o policial estava no rancho da família, mas saiu a pé e ela acredita que ele não tenha conseguido voltar para casa, já que o local estava escuro. Ela disse ainda que ele estava desarmado e sem celular.
As informações apuradas pela Polícia Civil no dia da morte de Lucas indicam que ele desligou o disjuntor de uma casa na zona rural da cidade, gritou do lado de for a dizendo que haveria uma demônio no local e invadiu o imóvel, sendo baleado pelo morador em seguida.
O morador que atirou em Lucas contou à polícia que ouviu barulho de gente em volta da sua casa e uma gritaria com diversos xingamentos.
Diante da escuridão e com medo, o morador avisou que estava armado. No entanto, segundo ele, o homem invadiu o imóvel – momento em que atirou em direção do invasor com uma espingarda. Após religar o disjuntor de energia, ele viu a vítima baleada e chamou a Polícia Militar e uma ambulância.
Ainda de acordo com o morador, ele não sabia quem era o homem e que agiu em legítima defesa. À época, ele foi preso em flagrante, pagou uma fiança e responde em liberdade deste então.
Fonte: G1