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Padre Robson faz pronunciamento online após STJ arquivar processo definitivamente: ‘Rezo pelos que me caluniaram’

O padre Robson de Oliveira fez um pronunciamento, por meio das redes sociais, na tarde desta quinta-feira (21). A mensagem foi divulgada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquivar, de forma definitiva, denúncia de que o religioso tenha desviado dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia.

“Estou rezando pelos que me difamararam e me caluniaram. […] Desde já, eu vos perdôo, mas espero que parem com essas perseguições”, disse.

O padre descreve a ação movida contra ele como um “circo de horrores armado de forma demoníaca” e agradece a todos que acreditaram nele e o apoiaram durante todo o processo.

O religioso tinha sido denunciado pelo MP-GO por apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro doado por fiéis.

Investigação do MP

O Ministério Público de Goiás investigava, em 2018, supostos desvios milionários de dinheiro doado por fiéis à Afipe. Esse dinheiro, segundo promotores, deveria ter sido usado na construção da nova Basílica de Trindade e manutenção da entidade e ações para os fiéis.

Mas o padre teria gasto mais de R$ 100 milhões na compra de casas, fazendas, e até um avião, quando era reitor da Afipe. O MP abriu então dois processos contra o padre: um criminal e um cível, por improbidade administrativa no uso do dinheiro.

O processo criminal foi trancado no Tribunal de Justiça e, posteriormente, o inquérito civil público também. A partir daí, iniciou-se uma disputa judicial para dar andamento aos processos entre o MP e a defesa do religioso.

Vendilhões

A Operação Vendilhões surgiu após uma investigação que apurou uma série de extorsões feitas por hackers contra o padre para que um suposto relacionamento amoroso dele não fosse divulgado. Ao todo, o padre pagou R$ 2,9 milhões com dinheiro da Afipe em troca do arquivamento das mídias.

Em dezembro de 2020, padre Robson e outras 17 pessoas foram denunciadas por organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Porém, o processo foi bloqueado pela Justiça.

Pronunciamento

No vídeo, o padre relata que “há exatamente um ano e oito meses”, foi alvo de mandados de busca e apreensão. O religioso se lembra do momento em que os policiais entraram.

“Fui acordado no início de uma manhã com um grupo de pessoas entrando no meu quarto, revirando gavetas, mexendo nas minhas coisas pessoais e invadindo a minha privacidade sem nenhum escrúpulo. Não esperaram nem que eu vestisse as minhas roupas”, descreveu.

Robson disse que nunca foi ouvido sobre as acusações. Ele descreveu a situação como “desnecessária” e “humilhante”. O religioso disse que recebeu apoio dos seus pares e seguiu as orientações dos seus superiores.

“O silêncio que eu mantive até agora, foi por obediência ao meu superior religiosos, que achou que assim deveria ser. Sendo assim, resignado, aguentei calado as diversas formas de investidas contra mim”, afirmou.
O padre disse que era e continua sendo inocente e que nunca deveria ter passado pelos constrangimentos proporcionados pelas investigações.

“A casa onde eu moro, o veículo que eu uso, o dinheiro que eu recebo para o básico, até o advogado que me defendeu foi proporcionado pelo meu grupo religioso. Da mesma forma que tudo o que eu administrei era e continua sendo da Afipe”, defendeu.

Também em sua fala, o religioso agradece todo o apoio que recebeu e afirma que se manteve fime graças às orações dos seus apoiadores. Robson critica os autores das denúncias, afirma que os perdôa e pede orações por eles.

“É notório que as pessoas entenderam que isso não passou de um triste episódio montado para tentar macular um trabalho que tem sido conduzido com amor, honestidade e empreendedorismo. […] Peço as suas mais sinceras orações por todos esses que tentaram contra mim e contra esta obra de evangelização”.

Fonte: G1

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