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Iaciara-GO: oito meses após carro ser levado por enxurrada e 5 pessoas morrerem na GO-110 parentes cobram por justiça “Não deu satisfação”

Oito meses após o carro de uma família ter sido levado por uma enxurrada que causou uma erosão e destruição de parte da GO-110, em laciara, os parentes ainda estão sem respostas da Justiça. O acidente aconteceu em 7 de março deste ano e matou cinco pessoas da mesma família.

A Polícia Civil (PC) informou que aguarda a perícia para concluir se houve falha humana ou se o caso foi um evento da natureza.

A familiar Camila Rodrigues disse que ainda não teve respostas do Governo de Goiás ou da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes
(Goinfra) sobre o ocorrido.

“Ninguém manifestou, não deu satisfação, nada. Estamos sofrendo até hoje, até pela situação que está lá na obra”, disse. Desde o ocorrido, a estrada ainda não foi reestruturada.

Em nota, a Goinfra informou que as obras de pavimentação seguem dentro do cronograma previsto, com estimativa de conclusão no próximo ano, e ainda que as chuvas intensas na região “provocaram alagamentos no local em que a Agência está construindo um bueiro”. Por isso, o trecho foi interditado e o tráfego desviado por uma estrada municipal e pela GO-446, no sentido de Posse.

No carro estavam Adilson Venâncio da Silva, seus filhos Caio e Hugo Vitor, a sua mãe, Laurita Maria de Jesus, e um cunhado, José Carlos Rosa, que foi o último a ser encontrado.

A família iria de Água Quente até Sobradinho, no Distrito Federal. Na época, laciara decretou estado de emergência por conta das fortes chuvas e estragos, como casas alagadas e o córrego Riacho do Fogo ter transbordado.

Minha família está aí, na luta, na força, porque agora, nesse momento, a gente tem que ter força, fé. Muita gente precisa da rodovia”, afirmou Camila Rodrigues.

“As famílias estão desamparadas, não tiveram qualquer parte de auxílio por parte do estado e isso não pode acontecer em hipótese nenhuma. Nós estamos falando de vidas. E lógico que uma compensação financeira não vai trazer os familiares de volta. Que eles tenham essa humanidade para entender a situação que ocorreu e sejam responsabilizados por tudo que aconteceu”, afirmou o advogado da família.

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