
A Coordenação Regional de Educação de Campos Belos (GO) promoveu, na última quarta-feira (3), o Seminário de Equidade Racial com o tema “Educação, diversidade, equidade racial: construindo uma escola para todos”. O encontro integra as ações da Política Nacional de Equidade Étnico-Racial na Educação Escolar Quilombola (PNEERQ) e reuniu professores de História da rede estadual dos municípios de Campos Belos, Cavalcante, Divinópolis, Monte Alegre e Teresina de Goiás.
A programação foi construída em parceria com a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e a Universidade Federal do Tocantins (UFT). As instituições foram representadas pelos professores Adelino dos Santos Machado, Rosolindo Neto de Souza Vila Real e Kaled Sulaiman Khidir, que contribuíram com reflexões voltadas ao contexto histórico, social e pedagógico da educação quilombola.
O seminário também valorizou os saberes tradicionais. Mestres da cultura — Almensor dos Santos Reis (Seu Missô), Daiane Serafim do Carmo, Hélio Rodrigues dos Santos e Maria Helena Serafim Rodrigues (Tuya Kalunga) — compartilharam experiências e perspectivas que dialogam com as práticas docentes e reforçam a importância da ancestralidade na construção do conhecimento escolar.
Além dos professores da rede estadual, docentes da rede municipal participaram das atividades, com o objetivo de alinhar estratégias e metas para a implementação da política nacional a partir de 2026.
As discussões abordaram desde práticas pedagógicas inclusivas até caminhos para garantir que a equidade racial esteja presente no currículo e no cotidiano das escolas.
A coordenadora regional de Educação, Telma Maria, destacou o papel transformador do ensino da história e da valorização das identidades. “É por meio do olhar histórico que formamos cidadãos críticos, capazes de reconhecer as raízes das desigualdades e de valorizar a diversidade que compõe o nosso país. Cabe aos educadores abrir espaço para vozes que, por muito tempo, foram invisibilizadas.”
O evento reforçou o compromisso coletivo de promover uma educação pública que reconheça e respeite as trajetórias dos povos quilombolas e que transforme a escola em um espaço verdadeiramente plural, inclusivo e comprometido com a justiça racial.
Contribuição: Larissa Cardoso Beltrão – Agente Regional da PNEERQ – Campos Belos (GO)

