InícioCidadesAcusados de matar prefeito de Monte Alegre de Goiás enfrentam júri popular...

Acusados de matar prefeito de Monte Alegre de Goiás enfrentam júri popular 22 anos após o crime

Os quatro acusados de matar o então prefeito de Monte Alegre de Goiás, José da Silva Almeida, conhecido como Zé da Covanca, enfrentam o júri popular, 22 anos após o crime. A sessão acontece na manhã desta quinta-feira (10), no Fórum Cível de Goiânia, sob a presidência do juiz Antônio Fernandes de Oliveira (veja abaixo quem são os acusados).

O crime, de acordo com a denúncia do promotor de Justiça Jesi de Moura, aconteceu no dia 25 de agosto de 1999 e teve motivação política. Em setembro de 2021 o julgamento foi adiado após um dos acusados não apresentar defesa alegando falta de tempo e outro recusar advogado da Defensoria Pública.

Quem são os acusados:

Antônio Pereira Damasceno, conhecido por Toinho;

José Roberto Pinheiro Macedo, o Zé de Filó;

Floriano Barbo Rodrigues Neto;

Luiz Carlos Medeiros, conhecido por participar do sequestro de Wellington Camargo, irmão dos cantores sertanejos Zezé Di Camargo e Luciano.

Em nota, a defesa de Floriano Barbo e Luiz Carlos informou que pretende comprovar as respectivas negativas de participação do crime. A reportagem tentou contato também com a defesa de Antônio Pereira, por telefone, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A reportagem tentou contato com o advogado de José Roberto Pinheiro, nomeado pela Defensoria Pública, mas também não teve retorno até a última atualização desta matéria.

Conforme as investigações, o então prefeito foi encapuzado e morto a tiros na porta de sua casa. Todos os quatro acusados respondem por homicídio cometido mediante pagamento ou promessa de recompensa e praticado à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.

Participação dos acusados

Antônio Pereira Damasceno

De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele era vice-prefeito do município e foi denunciado como mandante do crime. A denúncia apontou que ele estaria rompido politicamente com a vítima e, com a sua morte, tinha a perspectiva de assumir a prefeitura da cidade.

José Roberto Pinheiro Macedo

Ainda conforme a denúncia, o acusado José Roberto foi servidor público na administração da vítima e havia sido demitido do cargo, se associando a Antônio Damasceno, apontado pelo MP como mandante do crime. Ainda segundo o MP, ele foi o responsável por “agenciar a contratação e o transporte dos pistoleiros para a cidade”.

Floriano Barbo Rodrigues Neto

Floriano também havia sido demitido do cargo que ocupava meses antes do crime, era policial civil na cidade e, conforme a denúncia, auxiliou na empreitada, emprestando seu veículo para que José Roberto levasse mantimentos aos pistoleiros.

Ele, mesmo sabendo que o crime ocorreria, permaneceu em silêncio, descumprindo, de acordo com as investigações, seu dever como agente de segurança pública.

Luiz Carlos Medeiros

Na época, ele era conhecido como assaltante e sequestrador e, conforme o MP, participou do sequestro de Wellington Camargo, irmão dos cantores sertanejos Zezé di Camargo e Luciano. Segundo a denúncia, ele foi um dos três pistoleiros contratados para matar o então prefeito de Monte Alegre de Goiás.

De acordo com as investigações, foi prometido pagamento para executar o crime, bem como informações sobre transporte de dinheiro para as prefeituras da região.

No entanto, o MP não explicou o desfecho dos outros dois atiradores que teriam sido contratados para o crime.

Julgamento cancelado em 2016

Os acusados seriam julgados em agosto de 2016, na comarca de Campos Belos, que abrange Monte Alegre, mas o júri foi suspenso por decisão do juiz Eduardo Pio Mascarenhas depois que alguns jurados foram procurados por parentes dos réus.

De acordo com o MP, houve a mudança de foro do julgamento, por suspeita de quebra de imparcialidade do corpo de jurados. Com isso, o julgamento desta quinta-feira aconteceria em Goiânia.

O Tribunal de Justiça explicou ainda que, geralmente, a demora deve ter ocorrido por questões de inquérito e recursos.

Fonte: G1

POSTAGENS RELACIONADAS
- PUBLICIDADE -
- PUBLICIDADE -

MAIS LIDAS DA SEMANA