Uma arara-canindé, mais conhecida como arara-azul foi encontrada morta na última segunda-feira (28/07) no setor São Pedro, em Iaciara (GO). O caso tem gerado debate sobre o crescente impacto da ação humana sobre os animais da região.
A ave era parte de um dos grupos de araras que vivem livremente nos céus de Iaciara. Estima-se que mais de dez araras-azuis habitem a região, divididas em bandos que costumam sobrevoar os bairros e áreas de mata do município.
Apesar disso, o que deveria ser motivo de cuidado e preservação tem se transformado em alvo da irresponsabilidade humana. A morte da arara levantou suspeitas de envenenamento ou outros tipos de violência indireta.
“Aqui em Iaciara a gente vê araras todos os dias. Elas são um espetáculo da natureza, mas infelizmente estamos vendo que nem elas escapam da negligência humana. Primeiro foram os cachorros, depois os cavalos… agora até as araras estão morrendo”, desabafa um morador do setor São Pedro.
Esse não é um caso isolado. Nos últimos meses, relatos de maus-tratos e mortes de animais têm aumentado na cidade — desde cães e gatos até cavalos abandonados. A morte da arara-azul, uma espécie considerada símbolo da fauna brasileira, acende um alerta importante sobre a urgência de políticas públicas e ações comunitárias voltadas à proteção dos animais e do meio ambiente.
A população cobra investigação e pede o envolvimento de órgãos como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o IBAMA e a Polícia Ambiental para apurar as causas da morte da ave e evitar que novos casos ocorram.
“Se nem as araras estão sendo respeitadas, o que esperar do restante da nossa natureza?”, questiona outra moradora.
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