O governador Ronaldo Caiado visitou, na manhã desta sexta-feira (26/05), as áreas do Projeto de Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã, em Flores de Goiás, implantado por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa). Nesta primeira fase, 150 produtores serão beneficiados.
Caiado destacou o potencial que a região tem não só na produção, mas para garantir que as famílias em situação de pobreza possam sair desta condição e contribuir para o desenvolvimento do estado.
“O que estamos fazendo aqui hoje é levar dignidade, cidadania a todos os assentamentos de Goiás. Agora com uma visão mais voltada para essa região do Vão do Paranã, pelo perfil das pessoas aqui cadastradas, num certo nível de pobreza”, disse.
Para Caiado, o projeto vai equilibrar essas desigualdades e atender os pequenos produtores, por muito tempo esquecidos pelos governantes.
“Tem dez anos que eles estão assentados aqui nessa região. Quer dizer, como é que eles vão produzir num lugar desses, sem que tenha um apoio técnico, de maquinário, de orientação do que vai plantar, de como vai vender? Aqui no Vão do Paranã são vários municípios numa área que podemos chamar de última fronteira agrícola de Goiás. São mais de dois milhões de hectares de terras que temos aqui para desenvolver. ”
INCLUSÃO PRODUTIVA
Na primeira etapa do projeto serão beneficiados agricultores familiares dos municípios de Flores de Goiás, São João D’Aliança e Formosa. Os produtores familiares já estão recebendo kits de irrigação e equipamentos adquiridos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com investimento federal de R$ 9,3 milhões.
A proposta é cultivar cerca de 300 hectares com lavouras irrigadas de maracujá e manga, com captação de água na barragem do rio Paranã e ribeirão Porteira. Titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende diz que o objetivo é proporcionar desenvolvimento regional e inclusão produtiva dos agricultores.
O prefeito de Vila Boa, Rubens Francisco Lopes, participou da visita e agradeceu ao governador pelo empenho que tem tratado os setores produtivos de Goiás, em especial ao Norte.
A coordenação do projeto é da Seapa Goiás, com apoio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Emater, Goiás Fomento, Universidade Federal de Goiás (UFG), secretaria do Meio Ambiente e Geral da Governadoria, e parceria do governo federal por meio da Codevasf, da Embrapa Cerrados e da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), além da Agência Nacional de Águas (ANA). O Sebrae-Goiás também apoia a iniciativa.
POTENCIAL
Quando a área estiver totalmente cultivada, a capacidade de produção é estimada em 4,2 mil toneladas de maracujá e 6 mil toneladas de manga por ano, o que deverá se efetivar a partir do segundo e terceiro anos de implantação das culturas, respectivamente.
Os agricultores começam a participar de capacitações obrigatórias em manejo, gestão e cooperativismo, para formalização de uma cooperativa para gerir os negócios.