Instaurada em janeiro para investigar a suposta participação, omissão e financiamento de ativistas políticos aos atos violentos que ocorreram em Brasília, no dia 8 de janeiro, a operação Lesa Pátria, conduzida pela Polícia Federal com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, tem gerado críticas de especialistas e autoridades por possíveis exageros aplicados aos investigados e alvos.
A maioria dos presos da operação já conseguiram contato com defesa e advogados, mas ainda lutam para conseguir a liberdade provisória.
Leandro Muniz Ribeiro, conhecido como Leandro Fox é um dos que presos que ainda não teve o pedido de liberdade analisado pelo ministro Alexandre de Morais.
Fox está há 57 dias preso.
Na operação lesa à Pátria, o STF chegou a rejeitar 294 pedidos de liberdade.
Políticos de esquerda e direita também apontaram acreditar existir exageros na operação. Presidente da comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de MG, a deputada estadual Andréia de Jesus (PT) afirmou que o sistema penal brasileiro pune, principalmente, pobres e negros, mas que as garantias de liberdade e direito previstas na Constituição precisam ser aplicadas a todos.
Leandro Fox é ativista político e já foi candidato a deputado estadual e candidato a prefeito de sua cidade natal, Campos Belos e trabalhava como assessor parlamentar.