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Ecologia e misticismo caminham juntos: conheça Aradia Cali, a ‘Taróloga da Chapada dos Veadeiros”

Aradia Cali é o nome espiritual da taróloga de Pires do Rio que saiu aos 7 anos, com a família, do sudeste goiano, percorreu o mundo morando 16 anos fora do Brasil, em 7 países diferentes e voltou a Goiás há quase 2 anos. Atualmente com 42 anos, construiu a sua casa em Alto Paraíso de Goiás e afirma que voltar às terras goianas foi uma missão.   
  
Aradia trabalha exclusivamente com tarô e baralho cigano há 5 anos. O seu diferencial é que joga cartas “ao ar livre” e não em salas fechadas como se costuma ver em um atendimento tradicional de leitura de cartas. “Minha proposta sempre foi jogar cartas junto à natureza, seja perto da praia, seja perto de um rio”. Por esta razão, antes de residir em Alto Paraíso, percorreu toda a costa do Nordeste do país atendendo nos calçadões à beira mar.  

Misticismo ecológico  

A Chapada dos Veadeiros está localizada a 425 km de Goiânia. A região é um dos pontos turísticos preferidos dos goianos.  Há décadas a Chapada dos Veadeiros recebe visitantes místicos, esotéricos.

Primeiramente nos anos 60 chegaram os hippies e integrantes da “nova era”, ou seja, quem achava que um novo e melhor mundo estava surgindo. Os cristais, os que relatam inclusive a presença extra-terrestres na região sempre fizeram parte da paisagem do nordeste goiano. Em 2021 o local acolheu quem se programava de acordo com as “teorias do fim do mundo”. Atualmente o turismo na área é influenciado pelas riquezas naturais, trilhas, cachoeiras maravilhosas e vegetação virgem, intocada.   
  
O Cerrado é muito antigo, sua idade é de aproximadamente 65 milhões de anos. Para se ter uma ideia, é mais velho que o bioma amazônico e a floresta tropical por exemplo, que tem uns 55 milhões de ano. Por esta razão, Aradia acredita que a ecologia é a nova maneira do misticismo se apresentar na Chapada. “Qualquer pessoa que preserve os elementos da natureza (terra, água, ar e fogo) é um místico de certa maneira”, afirma a taróloga.  

Goianidade na chapada
  
“Pela minha experiência e memória afetiva de ser originária do sudeste goiano, já vi temporadas no passado de plantações de café, depois foi a criação de gado. Então, dá para imaginar que o plantio do monocultivo da soja será insustentável em breve. Assim como não plantamos mais tanto café, em um futuro próximo o auge da soja já não estará entre nós. Não é a toa que vários produtores goianos já se inauguraram no mercado da soja “ecologista” (conhecida pelo certificado RTRS) exportando para países europeus onde há consumidores exigentes”, completa a taróloga.  

Aradia comenta que “o povo Suruí, visionários por sinal, há mais de 10 anos vêm falando de preservação da terra através do mercado de carbono em Rondônia”. Ou seja, preservar e reflorestar dá dinheiro, é a economia do futuro. “A ecologia é o novo misticismo da Chapada dos Veadeiros por todas estas razões”, diz a taróloga.   
  
Você pode conhecer o trabalho ao ar livre de Aradia Cali na avenida principal de Alto Paraíso. Atualmente atende cerca de umas 15 pessoas por dia. Ela promete que seu diferencial é “ler o futuro para saber agir e escolher no presente”.

Fonte: Diário de Goiás

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