Após a movimentação da Enel para uma possível venda da distribuidora de Goiás,o grupo italiano informou que não há qualquer acordo, oferta ou proposta relacionada à alienação de ações ou de seus aditivos. “A Companhia manterá seus acionistas e o mercado em geral informados, na forma da lei e da regulamentação aplicável”, pontuou a diretoria de administração.
Os rumores sobre a suposta transação adquiriram publicidade na última segunda-feira (25), principalmente, depois que a Reuters publicou uma matéria em que fontes com conhecimento do assunto confirmavam a movimentação.
Entretanto, oficialmente, a empresa alegou que “não comenta rumores de mercado”. Ainda de acordo com a agência de notícias, já haveria empresas interessadas na transação, entre elas CPFL Energia, Neoenergia e a EDP Brasil. Vale lembrar que o grupo português EDP arrematou a Celg Transmissão (Celg T) no ano passado por R$1,977 bilhão.
A possível venda da antiga Celg-D foi citada por Caiado durante almoço com representantes do agronegócio na semana passada. As falhas no serviço prestado pela empesa em Goiás estão entre as principais reclamações do setor e, segundo um ranking publicado pela Aneel, a companhia está entre as piores distribuidoras brasileiras de energia em qualidade de serviço, sendo a terceira pior entre 29 empresas no ano passado.
A Aneel já havia informado que as áreas de concessão e fiscalização da agência não receberam nenhuma comunicação formal sobre eventual negociação para a venda da distribuidora em Goiás e reiterou que a concessionária possui competência para a gestão de seus negócios, “inclusive com relação à captação e aplicações de recursos, desde que suas ações sejam compatíveis com as exigências da prestação do serviço adequado”.
Problemas
Desde 2017, quando assumiu a distribuidora goiana, a Enel tem enfrentado desafios para melhorar a qualidade dos serviços aos consumidores, podendo, inclusive, perder a concessão por descumprimento consecutivo dos planos de resultado.
Em 2021, os goianos ficaram no escuro em média 18,75 horas, sendo que o limite estabelecido pelo órgão regulador é de 12,58 horas. Em 2020 foram registradas 16,48 horas. A companhia, por sua vez, alega que investiu mais de R$ 4 bilhões na qualidade do fornecimento no Estado, que, segundo ela, sofreu com a falta de investimentos antes da privatização”.
Fonte: O Popular