Enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem se reuniram na manhã desta segunda-feira (5) na porta do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) em protesto contra a suspensão do piso salarial da categoria. Os manifestantes chegaram a bloquear a rodovia GO-070, que dá acesso ao hospital.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, suspendeu neste fim de semana a lei aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que definia o piso salarial da categoria em R$ 4.750.
A justificativa do ministro é que a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços apresentou alegações de possíveis demissões em massa e impacto financeiro da medida para estados e municípios e para os hospitais.
Barroso deu 60 dias para que os entes da federação, entidades do setor e os ministérios do Trabalho e da Saúde se manifestem sobre a capacidade para que o piso seja cumprido.
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (SIEG), Roberta Rios, disse que a categoria se sente injustiçada, porque um estudo que comprova a questão orçamentária já havia sido apresentado no Congresso antes da votação. “Essa decisão é absolutamente arbitrária, porque já tínhamos comprovado que o piso não iria falir os hospitais e municípios”, ressaltou.
Roberta ainda destaca que a decisão do ministro serve somente para atender as demandas dos empresários, dos grandes hospitais e dos planos de saúde que não querem pagar o piso salarial da enfermagem. “Em nenhum momento pensa-se no trabalhador, estão pensando no bolso dos grandes patrões,” diz.
Fonte: O Popular
