Um ex-treinador de futebol de 29 anos é suspeito de estupro de vulnerável após enviar mensagens a um aluno oferecendo cigarros eletrônicos em troca de favores sexuais em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Prints divulgados pela Polícia Civil mostram as conversas (veja abaixo). Atualmente, segundo a corporação, o suspeito é policial militar em São Paulo.
O nome do investigado não foi divulgado. Em depoimento, segundo a Polícia Civil, ele ficou em silêncio.
A reportagem solicitou um posicionamento da Polícia Militar de São Paulo, mas até a última atualização da reportagem, não havia recebido uma resposta.
Segundo o delegado Paulo Henrique Ferreira dos Santos, até o ano passado, o investigado trabalhava em uma escolinha para crianças e adolescentes em Formosa. A investigação apontou que ele se utilizava do cargo para criar grupos com os jovens e enviar conteúdos sexuais. Na época, a mãe de um aluno descobriu essas mensagens, reclamou na escolinha e o homem foi demitido, conforme o delegado.
De acordo com Paulo Henrique, mesmo depois de ser desligado da escola de futebol, ele continuou mantendo contato com a vítima de 12 anos. Nas conversas divulgadas pela polícia, o homem oferece cigarros eletrônicos em troca de favores.
“Eles negociavam os cigarros eletrônicos. O investigado queria favores sexuais e marcavam encontros”, explicou o delegado.
O suspeito foi denunciado depois que a mãe do adolescente viu as mensagens do filho e reconheceu o homem como o ex-professor da escolinha de futebol. Segundo o delegado, as mensagens entre o investigado e a vítima eram de junho deste ano.
Prisão
A polícia descobriu que o investigado estava desde o início do ano trabalhando como policial militar em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e continuava em contato com o adolescente.
“Ele está em um período de formação, mas já é considerado um policial militar”, disse o delegado.
O investigado foi preso na terça-feira (5) em uma unidade da Polícia Militar em Ribeirão Preto. Durante a prisão, os policiais apreenderam dois celulares, que foram encaminhados para a perícia.
O investigado foi encaminhado para um presídio militar em São Paulo, capital, onde aguarda os procedimentos legais, conforme o delegado.
