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Fraude no agro: grupo de Goiás teria sonegado ao menos R$ 196 milhões em impostos, diz polícia

Ao menos quatro pessoas, duas em Rio Verde e duas em Itumbiara, foram presas em uma operação deflagrada pela Polícia Civil, em conjunto com a Secretaria da Economia, na quarta-feira (30), contra um apontado esquema de sonegação fiscal por parte de um grupo de empresários e corretores ligados ao agronegócio de Goiás. As investigações verificaram que os suspeitos, principalmente produtores de grãos, usavam empresas de fachada e “laranjas” para sonegar ICMS. O prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 196 milhões.

Conforme a delegada Tatyane Cruvinel, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), as investigações duraram um ano e levaram a um complexo esquema de sonegação de impostos.

“A Secretaria da Economia levantou a possibilidade de fraude envolvendo diversas empresas e pessoas físicas do ramo do agronegócio. A partir de então, começamos as diligências que possibilitaram a identificação de um grupo, que atuando de maneira estruturada para fraudar o ICMS e demais impostos, utilizaram a interposição fraudulenta de pessoas físicas e jurídicas”, detalhou.

Segundo a delegada, os suspeitos, que são produtores de milho e soja, usavam de “laranjas” e “empresas noteiras”, que seriam as empresas de fachadas, para ficarem ocultos e praticar a sonegação de impostos referentes à comercialização de grãos.

Aos menos cinco empresas de fachada foram identificadas até o momento, conforme Tatyane, com sede em Goiânia, Rio Verde, Itumbiara e Uberlândia, em Minas Gerais. No entanto, outras pessoas físicas e jurídicas ainda estariam envolvidas no esquema.

De acordo com o delegado fiscal de Goiânia, Gerson Almeida, o grupo suspeito atuaria desde 2019. “Essas empresas foram abertas já com o intuito de sonegar o imposto, são empresas noteiras. Elas foram autuadas em aproximadamente R$ 30 milhões e, na sequência, autuamos os produtores rurais. Esses valores todos [de sonegação] ultrapassam 195 milhões de reais”, destacou.

Os presos devem responder por crimes contra a ordem tributária e associação criminosa.

Fonte: O Popular

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