Um homem em surto psicótico invadiu a sede da Prefeitura de Uruaçu (GO) na manhã de sexta-feira, 7, destruiu móveis e objetos em diferentes setores do prédio e chegou até o gabinete do prefeito, onde continuou a quebrar equipamentos. Ele foi contido no local por equipes da Polícia Militar e recebeu atendimento médico de urgência por equipes do Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, o homem foi internado no Hospital Estadual Centro Norte Goiano (HCN).
O delegado de polícia Sandro Leal Costa disse que, logo após o ataque às dependências da prefeitura, a Polícia Militar localizou e capturou o homem, que foi levado à Delegacia Municipal de Uruaçu.
A Polícia Civil requisitou perícia para avaliação dos danos materiais ainda pela manhã. Segundo Sandro Leal Costa, a própria dinâmica da abordagem policial indicou que se tratava de um surto psiquiátrico.
Ao chegar à delegacia, o homem continuou a apresentar comportamento agressivo e desorganizado. “Ele quebrou objetos, se jogou no chão, se pendurou, ficou sem roupas. Era um comportamento totalmente desconectado da realidade, típico de surto psicótico”, relatou o delegado.
Familiares compareceram à delegacia e relataram que o homem é diagnosticado com esquizofrenia há mais de quatro anos, com histórico de internações. Segundo eles, além da medicação regular, ele estaria fazendo uso de drogas, o que pode ter potencializado o quadro.
O delegado também identificou que o mesmo indivíduo havia promovido destruição semelhante em uma unidade de saúde da cidade há cerca de uma semana.
Por meio de nota, a Prefeitura de Uruaçu disse repudiar “toda e qualquer forma de violência ou depredação do patrimônio público mantendo seu compromisso com o diálogo, a responsabilidade e o respeito ás instituições”.
Apesar do surto, o homem será indiciado pelos danos causados ao patrimônio público. O delegado ressaltou que um exame de incidente de sanidade mental será solicitado para avaliar se ele tinha capacidade de compreender seus atos no momento do episódio.
“O perito vai determinar se ele é imputável, semi-imputável — o que pode reduzir a pena — ou inimputável, hipótese em que poderia ser submetido a medida de segurança em vez de pena criminal”, detalhou o titular da Polícia Civil. A investigação seguirá com coleta de depoimentos, análise de imagens e conclusão do laudo pericial.

