O homem acusado de matar uma mulher de 48 anos, com golpes de faca em Posse, no nordeste goiano, já tinha um vasto histórico de violência doméstica contra ela.
O acusado é ex-companheiro da mulher, ele não aceitou o fim do relacionamento, motivado justamente pela violência que ela vinha sofrendo.
O homem foi preso em maio deste ano, acusado de tentativa de feminicídio, injúria, ameaça, estupro e descumprimento de medida protetiva.
Antes disso ele já havia sido preso por ter cometido crimes de violência contra a sua ex-companheira e já havia sido preso em flagrante pela prática do crime de estupro, em sua modalidade tentada.
Havia, inclusive, medidas protetivas de urgência deferidas pela Comarca de Posse proibindo o preso de se aproximar da ex-companheira.
Inclusive, no primeiro semestre deste ano, a mulher só não foi morta por ele porque conseguiu se desvencilhar dos golpes de faca desferido pelo agressor. Após isso, ela procurou a Delegacia de Polícia para denunciar o agressor.
O homem foi preso em 11 de maio, após uma operação da Polícia Civil, mas pouco tempo depois o juiz determinou que ele fosse solto.
Na noite de sábado (16), o homem cometeu o crime brutal contra a sua ex-companheira. Ele foi preso.
Se o acusado pelo crime estivesse preso pelos outros crimes cometidos, com certeza o desfecho desse caso poderia ser outro.
Segundo a OMS- Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo, quase sempre elas são vítimas de companheiros.
O número alarmante de casos de violência contra a mulher não devem ser tratado como mero fenômeno social e, sim, como resultado do machismo cotidiano que submete, desde seu nascimento, a uma socialização perversa e desigual.