Já faz cinco anos que Jussara Lacerda procura pela filha Thayná Ferreira Alves. Em 2017, com 21 anos, a jovem desapareceu depois de pagar uma carona com o padrasto na cidade de Valparaíso, entorno do Distrito Federal.
Em entrevista a mãe diz: “eu costumo falar que eu sou viva por fora e morta por dentro e que todos os dias eu estou em busca de encontrar a minha filha”. Na longa procura, Jussara já colocou outdoor na entrada da cidade, um caminhão LED e os dizeres “Onde está Thayná?”.
Na investigação, Waldezar Cordeiro de Matos foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, já que o corpo de Thayná nunca foi encontrado. Com o homem, foram achadas roupas e uma bainha de faca com vestígios de sangue humano, mas que nunca foi comprovado ser da jovem.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), o caso está em segredo de justiça e, com isso, informações sobre o processo não podem ser divulgadas. O que se sabe é que o suspeito fez uma ligação para a mãe da vítima no dia do desaparecimento. Waldezar chegou a ser preso mais de uma vez, mas agora está em liberdade.
“O que mais me revolta é quando eu encontro ele e vejo que está livre como qualquer outro cidadão. Com o direito de ir e vir a festas. Ele tem o direito de deitar na cama dele e dormir tranquilamente”, disse Jussara.
Dia do desaparecimento
Jussara contou ainda que estava de plantão no trabalho no dia que Thayná sumiu. Quando chegou, ao perguntar pela filha, o padrasto informou apenas que havia dado uma carona para ela e não sabia onde ela estaria. A mãe achou estranho pois Thayná tinha carro próprio e não costumava pegar carona.
Posteriormente houve uma quebra de sigilo telefônico em que se constatou que o padrasto esteve em uma região de mata por cerca de 3 horas. Jussara chegou a ir na região com ferramentas para procurar vestígios que pudessem levar ao corpo da filha.
Os últimos momentos de Thayná, que se tem conhecimento, são imagens de câmeras de segurança que mostram ela e o padrasto saindo de carro. Waldezar, supostamente a levaria para um ponto de ônibus.
A mãe da jovem contou a sequência dos fatos gravados pelas câmeras de segurança no dia em que Thayná foi vista pela última vez. Depois de sair com a jovem, o homem retornou ao apartamento e saiu com uma mala grande. Após isso ele retornou para pegar um facão, que depois foi achado com marcas de sangue.
Fonte: O Popular