A médica Jayda Bento, de 26 anos, atendeu uma paciente cerca de duas horas antes de ser encontrada morta no banheiro do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (HEELJ), em Pirenópolis. Segundo o delegado responsável pelo caso, Tibério Martins, os depoimentos colhidos até o momento fortalecem a tese de que a causa da morte da jovem tenha sido acidental.
Até esta terça-feira (5), a Polícia Civil já colheu o depoimento de uma técnica de enfermagem e de um funcionário de serviços gerais do hospital. “A técnica disse que a última paciente que [a Jayda] atendeu foi por volta de 12h40 e, após isso, ela saiu para o intervalo. Já era quase 15h e a médica não retornava, eles mandaram mensagens e decidiram procurá-la”, revelou o delegado.
Após procurarem por Jayda no estacionamento e sala de repouso, os funcionários escutaram o barulho da torneira ligada dentro do banheiro da Unidade Semi-Intensiva do hospital. “Eles chamaram por ela, mas como a médica não respondeu, eles arrombaram a porta, que estava trancada. Então, encontraram o corpo ao lado da seringa e do remédio”, disse Tibério.
Causas da morte
Inicialmente, a Polícia Civil trabalhava com duas linhas de investigação. “Não temos indícios de homicídio, a morte pode ter sido intencional ou acidental”, disse o delegado. Entretanto, nesta quarta-feira (6), ele afirmou que o suicído “está perdendo força” e está dando lugar à morte acidental por excesso de medicação endovenosa aplicada pela médica em si mesma.
“Ainda vamos falar com os familiares dela para ver se a médica tinha algum histórico de depressão, mas, aparentemente, foi um acidente. Não temos relatos de que ela era uma pessoa que falava em se suicidar ou que estava depressiva. Nesta semana, nós vamos ouvir alguns familiares, a mãe e parentes, mas está mais para um acidente do que um suicídio”, afirmou Tibério.
Por fim, o delegado destacou que está aguardando o laudo pericial para identificar a causa da morte de Jayda. “Como tem substâncias químicas em análise, o laudo pode demorar um pouco mais para sair. Nós temos que entender o motivo pelo qual a médica aplicou o remédio para tirar as conclusões. Somente o laudo para ajudar a gente a entender o que aconteceu”, finaliza.
Fonte: O Popular
