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Moradores da zona rural de Paranã-TO se arriscam atravessando ponte de madeira com buracos e tábuas apodrecendo

Moradores da zona rural de Paranã, no sudeste do estado, gravaram momentos de tensão ao atravessar uma aponte sobre o rio São Domingos. O medo é porque a ponte de madeira está cheia de buracos e em alguns pontos as tábuas estão apodrecendo.

“É o único meio de ter acesso à cidade e as famílias dependem dessa ponte para escoar seus alimentos”, lamentou a estudante Lorência de Araújo.

A Prefeitura de Paranã disse que pediu recursos para reconstrução da ponte sobre o rio São Domingos e recuperação das estradas, no ano passado, para o governo federal. Segundo o município, a Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura (Ageto) está estudando a melhor forma de reconstruir a ponte até 2024 e por enquanto a prefeitura está adquirindo material para fazer a recuperação emergencial da ponte de madeira.

Estradas esburacas, atoleiros, pontes em péssimas condições e até caídas fazem parte do desafio que é morar na zona rural de cidades na região sudeste do Tocantins. A situação fica pior durante o período chuvoso.

Nesta terça-feira (28) o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um alerta de chuva para 122 municípios tocantinenses, grande parte região sudeste do estado. E o clima não deve mudar pelo menos ao longo dos próximos 40 dias.

A previsão preocupa muito quem precisa passar por estradas tomadas pelos atoleiros e até inundadas por rios ou córregos que transbordaram. “Se chover você tem que ficar de duas a três horas de relógio esperando o córrego baixar. Também falta de bueiro porque quando arrumaram as estradas não colocaram bueiros nas estradas. Virou uma valeta na estrada com muita água pra gente passar”, lamentou a lavradora Domecina dos Santos.

Em muitos casos os moradores não têm alternativa e precisam enfrentar o acesso que existe entre as propriedades rurais e a cidade. Na região do Albino, comunidade quilombola, também na zona rural de Paranã, os moradores improvisaram um remendo na ponte para continuar passando.

Já na zona rural de Arraias as chuvas têm afetado a comunidade quilombola Kalunga. A ponte que era utilizada por eles para ter acesso à cidade caiu há quase um ano. O caminho alternativo é por dentro do córrego Bom Será.

Só que quando chove e o nível da água sobe e aí eles ficam ilhados por dias. “A gente fica com medo de vir. Fica esperando ver se abre mais o tempo para a gente vir. Tem muito carro que já rodou aqui, moto também. É muito difícil”, disse o lavrador Cleone José Rodrigues.

Diante da situação o pessoal se organiza para tentar só passar durante o dia. Embora o problema seja antigo, o sofrimento não parece estar perto de terminar.

O que dizem os municípios

A Prefeitura de Arraias foi procurada, mas não se manifestou até a publicação desta reportagem.

A Prefeitura de Paranã informa que o prefeito Fábio da Farmácia solicitou, ainda em novembro de 2022, o valor de cerca de R$ 9 milhões ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a reconstrução da ponte e outros R$ 1,5 milhão para a recuperação das estradas.

Além disso, em março deste ano teve audiência com o Governador Wanderlei Barbosa e também solicitou verbas para a reconstrução de bueiros, além de apresentar um relatório detalhado sobre a situação precária da ponte São Domingos pedindo ajuda para a reconstrução da estrutura.

O governador se comprometeu a ajudar o município, seja através de financiamento ou da Bancada Federal, e determinou que a equipe da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (AGETO) estude a melhor forma de reconstrução da ponte até 2024.

Como medida paliativa, a Prefeitura está adquirindo madeiramento e também buscando a doação de madeiras aprendidas pelos órgãos ambientais para fazer a recuperação emergencial da ponte.

Fonte: G1

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