InícioCidadesMPGO deflagra segunda fase de operação contra esquema de grilagem em Formosa-GO

MPGO deflagra segunda fase de operação contra esquema de grilagem em Formosa-GO

Na manhã de sexta-feira (18), o Ministério Público de Goiás (MPGO) deu início à segunda fase da operação “Escritório do Crime”. O foco, desta vez, foi o cumprimento de três mandados de busca e apreensão e de um mandado de prisão preventiva contra investigados por crimes de esbulho, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa cometidos em Formosa (GO).

Os mandados de busca e apreensão foram emitidos pela 3ª Vara Criminal do município e tiveram como alvos o escritório e residência de Gustavo Henrique de Araújo Eccard, um empresário, localizados no Distrito Federal; além de escritórios da empresa Águas Minerais Veredas, em Formosa.

Além disso, um mandado foi expedido para a prisão preventiva de Anderson Juvenal de Almeida, suspeito de participação no grupo de falsários. Entretanto, segundo o promotor Douglas Chegury, ele não foi encontrado e está foragido.

A operação representa uma continuação da primeira fase e descobriu, segundo o Ministério Público, que Gustavo Henrique de Araújo Eccard e Anderson Juvenal, nos anos de 2022 e 2023, teriam se unido a Nilson Ribeiro dos Santos com o objetivo de se apropriar e utilizar uma área localizada no Setor Industrial de Formosa, avaliada em R$ 7 milhões.

Para isso, o MPGO narra que Nilson Ribeiro dos Santos, advogado, e Gustavo Eccard falsificaram procurações nos cartórios de Formosa e Planaltina em nome da legítima proprietária do imóvel, que reside em São Paulo e detinha a posse da área desde os anos 1970. Nilson Ribeiro também teria usado um documento falsificado para obter documentos públicos da Prefeitura Municipal de Formosa, que serviram de base para o registro do imóvel no Cartório de Imóveis de Formosa, como parte da fraude.

O esquema dos investigados veio à tona quando um cartorário de Planaltina suspeitou da autenticidade da documentação apresentada. De acordo com Chegury, os suspeitos planejavam utilizar a área como garantia de um empréstimo junto a um banco.

A verdadeira proprietária do lote foi identificada, localizada e ouvida pelo MPGO em São Paulo, onde afirmou não ter concedido as procurações em questão e não conhecer Nilson Ribeiro dos Santos e Gustavo Henrique de Araújo Eccard.

O MPGO agora irá examinar o material apreendido para fortalecer as evidências já coletadas sobre o esquema. Se condenados, eles poderão enfrentar sentenças de mais de 10 anos de prisão. A operação contou com o auxílio de equipes da Polícia Civil (PC).

Outros crimes

 Douglas Chegury revelou que os suspeitos utilizaram o mesmo modus operandi em outras terras de diferentes cidades e estados do Brasil. O promotor disse que eles identificam uma área aparentemente “abandonada” para tentar aplicar o golpe.

Em um dos crimes investigados pelo MP, Chegury afirmou que os citados falsificaram uma procuração de um proprietário falecido de uma área. D’Artagnan Costamilan, apontado como o “cabeça” do esquema de grilagem de terras, foi preso na quarta-feira, 16, no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul.

A reportagem entrou em contato com o advogado Nilson Ribeiro dos Santos, um dos citados. Ele afirmou não ter o “conhecimento do teor da investigação” e, assim que estiver ciente, emitirá uma nota. A reportagem também tenta localizar as defesas dos outros citados.

Fonte: Jornal Opção

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