A Polícia Civil de Goiás (PCGO) realizou a transferência do delegado Alex Rodrigues de Cavalcante, na região da Chapada dos Veadeiros. A mudança ocorre pouco tempo após Rodrigues prender um médico por ele, supostamente, ter negado atendimento prioritário ao delegado. O Ministério Público (MP) investiga se houve abuso de autoridade.
O destino do delegado Alex Rodrigues não foi divulgado. Em seu lugar, assume a delegada Lucilene.
A PCGO declarou que “por critérios técnicos, houve mudanças nas lotações de vários delegados”, não só a de Rodrigues.
A reportagem questionou sobre a quantidade de delegados transferidos, mas foi informada pela corporação que se trata de um dado interno.
Ministério Público investiga suposto abuso de autoridade
Na última semana, o MP confirmou que abriu um procedimento para investigar a suposta prática de abuso de autoridade por parte do delegado Alex Rodrigues no caso da prisão do médico Fábio França, em Cavalcante.
No dia 27 de janeiro, França foi preso por ordem de Rodrigues numa unidade de saúde. Segundo informações de testemunhas, a prisão teria ocorrido após o delegado, que estava com Covid-19, pedir para ser atendido com prioridade e o médico negar.
O médico foi liberado no dia seguinte, após passar por audiência de custódia. “Se isso é o preço para eu cumprir, então que me prenda novamente. Toda vez que acontecer isso, toda vez vou fazer a mesma coisa. Não me arrependo de nada”, declarou o médico, no dia em que foi solto.
Conforme o MP, o procedimento instaurado visa a apurar eventual abuso de autoridade por parte do delegado. “Também manifestou-se favoravelmente, perante o Poder Judiciário, para a restituição do celular do médico, objeto que foi apreendido durante a prisão em flagrante. A devolução do celular aconteceu na terça-feira (1º/2)”, informou o órgão.
Fonte: O Popular