InícioCidadesPosse-GO: Escola em que criança autista foi presa a cadeira nega maus-tratos...

Posse-GO: Escola em que criança autista foi presa a cadeira nega maus-tratos e diz que aluno estava em cadeira de alimentação com cinto

A escola em que a criança autista foi presa a cadeira negou maus-tratos e disse que menino estava em uma cadeira de alimentação com cinto. Imagens da câmera de segurança mostram a criança se arrastando com cadeira amarrada ao corpo, em Posse, na região nordeste de Goiás.

A família registrou o caso na polícia na última segunda-feira (21). O delegado Humberto Soares afirmou que as investigações continuam e a escola deverá responder por maus-tratos e por submeter a criança ao vexame ou constrangimento. “A cadeirinha é utilizada para atividade, porém, no momento do vídeo, foi utilizada pra amarrar e conter a criança, cessando a liberdade de locomoção e trazendo danos à saúde psicológica da vítima”, disse.

“Frisa-se que apenas a criança autista está usando a cadeirinha no momento dos fatos. Essa cadeirinha foi utilizada como forma de aplicar um castigo pessoal a criança, que só tem 3 anos”, completou o delegado.

À polícia, a família disse que o menino ficou estranho, não queria ir à escola e por isso decidiram olhar as imagens e ir até a unidade.

Nas redes sociais, a unidade afirmou que o menino estava com dificuldade em participar de uma atividade em sala de aula e, por isso, a diretora o convidou a se sentar na cadeira e ele aceitou. Após ser acomodada na cadeira com o ajuste do cinto de segurança, a criança foi colocada ao lado da professora e passou a interagir nas atividades, segundo a escola – leia posicionamento na íntegra ao final do texto.

“O objetivo da medida nunca foi restringir, excluir ou punir a criança, como divulgado em redes sociais, com vídeos cortados e prints tendenciosamente preparados. A cadeira em questão é uma “cadeira de alimentação”, adaptada para crianças, inclusive outras crianças brincam na referida cadeira, fato que se observa do vídeo completo do mesmo dia”, escreveu a escola.

Posicionamento da escola:

No que tange à notícia de um possível crime de maus tratos a uma criança com espectro autista, a escola reafirma seu valor com o ensino. essa diretriz, a escola empenha-se em criar mecanismos aptos a proporcionar um ambiente escolar maise adequado e acolhedor a todos os discentes.

Com esse espírito, a escola transmite em tempo real as aulas e atividades ministradas aos alunos. A ferramenta, além de dar maior transparência aos serviços prestados, propicia um diálogo entre pais e professores, e viabiliza que reclamações e sugestões dos pais sejam apreciadas pela escola com base no que foi observado pelos genitores.

No que tange à notícia de um possível crime de maus tratos a uma criança com espectro autista, a escola reafirma seu valor com o ensino.

Convém relatar que, em razão do fato envolver crianças, essa nota não abordará elementos que identifiquem ou que possam causar transtornos ou constrangimento ao aluno aludido.

Em relação à notícia criminal formulada pela genitora de um aluno, na qual narra suposta conduta de maus tratos, vale frisar, não procede. O fato foi avaliado pela direção da escola e, após avaliação do corpo jurídico, concluiu-se que não há qualquer ação criminosa ou ofensiva à criança.

No dia 17/08/2023, a gestão escolar, ao observar via sistema de transmissão em tempo real, aquele mesmo destinado aos pais, verificou que em determinada sala, uma das crianças apresentava dificuldade em participar da atividade. Nesse momento, a diretora da Escola foi até a sala e convidou a criança a se sentar na cadeirinha, a qual prontamente assentiu.

A criança foi acomodada na cadeira com o ajuste do cinto de segurança. Em seguida, a criança é colocada ao lado da professora e passa a interagir nas atividades de canto, “chamadinha”, reconhecimento de figuras e números, e leitura das regras de convivência. O objetivo da medida nunca foi restringir, excluir ou punir a criança, como divulgado em redes sociais, com vídeos cortados e prints tendenciosamente preparados.

A cadeira em questão é uma “cadeira de alimentação”, adaptada para crianças. Inclusive, outras crianças brincam na referida cadeira, fato que se observa no vídeo completo do mesmo dia.

A finalidade da colocação da criança na cadeira de alimentação era fazê-la participar da atividade com os demais, como de fato aconteceu.

Imperioso ressaltar que o aluno citado em momento algum demonstrou incômodo. Ao revés disso, passou a participar da atividade.

Após a atividade, é permitido aos alunos irem ao banheiro, um por vez. Os demais são orientados a ficar sentados e reunidos no local da atividade. Assim foi feito.

O aluno permaneceu na cadeira e foi retirado em seguida, imediatamente após apresentar descontentamento.

Nós nos desculpamos por não fornecer maiores detalhes sobre o caso ou mesmo o vídeo na íntegra. Contudo, a restrição se deve ao cuidado de não expor a criança ou mesmo constranger outros alunos.

Importante asseverar que:

a) A criança, em momento algum, ficou sozinha;

b) Havia duas professoras em sala;

c) A criança não foi castigada ou excluída;

d) A genitora do aluno, em momento algum, apresentou laudo com identificação do espectro autista;

e) A escola não “mantinha a criança presa”. O aluno foi colocado na cadeira para interação numa atividade específica;

f) Quando informada do Boletim de Ocorrência, a Escola prontamente apresentou à autoridade policial a íntegra das imagens, sem cortes ou manipulações.

Mais uma vez, rechaçamos a prática de qualquer ato ofensivo à dignidade da criança. A escola atua há 7 (sete) anos no segmento, sempre zelando pela qualidade e segurança dos alunos.

Fonte: G1

POSTAGENS RELACIONADAS
- PUBLICIDADE -
- PUBLICIDADE -

MAIS LIDAS DA SEMANA