Na eleição de 2020, há pouco mais de três anos, oito políticos disputaram a Prefeitura de Posse: Anderson Toniazzo (MDB), Bailon Nunes da Silva (pP), Fabrição Alves de Souza Santos (PRTB), Helder Silva Bonfim (Solidariedade), Ivon Valente (PT), João Adriano Coelho (PL), Márcio de Oliveira Passos (Podemos) e Solange Valente (PDT). Um verdadeiro exército de candidatos.
Helder Silva Bonfim foi eleito prefeito com 23,95% dos votos válidos (4.282 votos).
Os outros sete candidatos obtiveram, juntos, 75,05% (13.598 votos). A maioria absoluta disse “não” a Helder Silva Bonfim. Porém, como não há segundo turno na cidade, ele foi eleito para administrar a Prefeitura de Posse.
Comenta-se em Posse — espécie de capital do Nordeste goiano — que Helder Bonfim é até bem-intencionado. Mas sua gestão é considerada apenas “mediana” — até “fraca”, para muitos. Diz-se também que, no lugar de conquistar novos apoios, o gestor municipal perdeu companheiros de jornada, que hoje querem arrancá-lo da prefeitura. “Helder só tem um vereador fiel na Câmara Municipal”, afirma um vereador. “A maioria vai abandoná-lo em março, quando se abrirá a janela partidária”, acrescenta.
Um aliado de Helder Bonfim postula que a interferência da primeira-dama na prefeitura prejudica a gestão do prefeito, tornando-a mais impopular.
Para a disputa de 2024, daqui a nove meses e alguns dias, há cinco nomes cotados (a tendência é que apareçam mais candidatos): Helder Silva Bonfim, Lukinha (Luiz Carlos de Araújo Valente, SD), Márcio de Oliveira Passos, Paulo Trabalho (PL) e Wilson da Hora (PT).
Paulo Trabalho disse que ainda não definiu se será candidato a prefeito. “Vou definir só em fevereiro de 2024.” O ex-deputado estadual diz que, se Professor Alcides Ribeiro e Gustavo Gayer forem eleitos — em Aparecida de Goiânia e em Goiânia —, ele poderá assumir mandato de deputado federal. O primeiro suplente do PL é o pastor Fábio Sousa.
Márcio Passos relatou que planeja ser candidato a prefeito. “Conto com o apoio de dois partidos e estamos preparando a montagem de duas chapas de candidatos a vereador — uma pelo PSD e outra pelo Solidariedade. Serão 28 candidatos. Eu tenho o apoio do deputado federal José Nelto, do deputado estadual Lineu Olímpio e do presidente da Codego, Francisco Júnior.”
Márcio Passos é filiado ao Podemos, mas deve ser candidato pelo Solidariedade ou pelo PSD do senador Vanderlan Cardoso. Ele afirma que está conversando tanto com Paulo Trabalho quanto com Lukinha, presidente da Câmara Municipal. “Trabalho pela construção de uma união das oposições. Converso com todo mundo, menos com o prefeito.”
Filiado ao Solidariedade, Lukinha é pré-candidato a prefeito e conta com o apoio de oito vereadores, do ex-prefeito Stanley Valente e do deputado estadual Alessandro Moreira. De acordo com um político local, ele pode postular a prefeitura pelo PL do senador Wilder Morais e do deputado Professor Alcides Ribeiro. Há a possibilidade de uma composição entre Márcio Passos e Lukinha, com um deles sendo o candidato a prefeito e o outro na vice.
Um político local disse a reportagem que Helder Bonfim deve disputar a eleição não mais pelo Solidariedade, e sim, possivelmente, pelo União Brasil. “Todo mundo está tratando o prefeito como ‘galinha morta’, mas convém lembrar que foi eleito com menos de 24% dos votos. E se tal fato se repetir? Se as oposições lançarem de três a cinco candidatos, como na disputa passada, quando saíram oito postulantes, as chances de Dr. Helder crescem. As oposições precisam ter sabedoria e defender uma união geral. Se o objetivo é ganhar, derrotando o prefeito, o homem da máquina, precisa-se de uma união geral”, analisa.
O ex-governador José Eliton, que chegou a ter seu nome lembrado por políticos de Posse, não será candidato a prefeito, de acordo com um aliado. “Não tenho visto ele articulando na cidade. Como se sabe, ele fica mais em Goiânia do que em Posse.” A mesma fonte assinala que Stanley Valente está inelegível até 2025.
Fonte e texto: Jornal Opção
