Cerca de 2,5 mil moradores de comunidades quilombolas de Monte Alegre de Goiás, no nordeste goiano, denunciam que estão sem fornecimento de energia elétrica.
De acordo com a Defensoria Pública da União (DPU), foi relatado que a ausência de energia perdura por longos períodos e, com isso, a ação gera a perda de alimentos e merenda escolar, impossibilita o contato da população local interna e externamente às comunidades, prejudica a realização das aulas escolares, entre outros prejuízos para a qualidade de vida.
Além disso, os moradores também comunicaram, durante ação itinerante, que a energia elétrica fornecida supostamente é de baixa voltagem, levando a um funcionamento forçado de aparelhos eletroeletrônicos, o que acarreta avarias.
Segundo os relatos, diariamente falta energia elétrica em algum período do dia em comunidades como as do Saco Grande e Tinguizal.
De acordo com a Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO), via Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH), foi requisitado, na segunda-feira (12/6), informações a Equatorial Energia sobre a falha no fornecimento de energia elétrica.
No documento, o NUDH pede que a solicitação seja atendida no prazo de 15 dias.
No Ofício nº 296/2023, o defensor público e coordenador do Núcleo, Tairo Esperança, destacou que a energia elétrica é direito fundamental e a implementação de políticas públicas para o seu fornecimento está diretamente ligada à dignidade da pessoa humana. “De forma que constitui um serviço público de natureza essencial, que deve ser prestado de maneira adequada e contínua, visto que garante o ‘mínimo existencial’ às comunidades em vulnerabilidade, promovendo o desenvolvimento social e econômico”, pontuou.
Em nota, a Equatorial Goiás disse que “no momento, o fornecimento de energia está regular em Monte Alegre de Goiás”. A distribuidora afirmou ainda que “monitora continuamente a qualidade do fornecimento na região, realizando os investimentos necessários visando a melhoria constante da rede elétrica”.
Fonte: A Redação