O Rio Buriti, um dos principais cursos d’água que cortam o município de Buritinópolis (GO), enfrenta um dos períodos mais críticos de sua história recente.
A estiagem prolongada, agravada pela seca severa que atinge a região, tem reduzido drasticamente o volume de água do rio, trazendo preocupação para moradores, agricultores e pescadores locais.
De acordo com relatos, a situação também é impactada pela operação de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) instalada em um ponto mais acima do leito do rio. Para manter sua geração de energia durante o período de escassez hídrica, parte das comportas teriam sido fechadas, diminuindo ainda mais a vazão natural do Buriti.
A redução do nível do rio compromete a paisagem natural, a fauna aquática e a disponibilidade de água para comunidades ribeirinhas. Pequenos agricultores, que dependem do rio já relatam dificuldades.
Além disso, a seca histórica gera riscos de maior concentração de poluentes no leito do rio, devido à menor diluição natural, e aumenta a vulnerabilidade para a ocorrência de queimadas nas áreas de mata ciliar, já bastante fragilizadas.
Especialistas apontam que, enquanto não houver mudanças significativas no regime de chuvas, a tendência é que o Rio Buriti permaneça em situação crítica. A estiagem no Nordeste Goiano costuma se estender até outubro, o que coloca a região em alerta.
Organizações ambientais defendem a necessidade de diálogo entre os gestores da PCH, órgãos ambientais e a comunidade local, para garantir que a exploração da geração de energia não comprometa de forma irreversível o equilíbrio ecológico e a vida das famílias que dependem diretamente do rio.
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