O deputado federal Professor Alcides (PL) emitiu uma nota de posicionamento após a prisão de um segurança que teria roubado o celular de um adolescente, de 16 anos, em uma tentativa de esconder uma suposta relação íntima entre o menor e o parlamentar.
No comunicado, o deputado afirmou que há uma tentativa de estabelecer uma narrativa desonesta, utilizando a orientação sexual dele de forma preconceituosa e como uma arma política.
“Sou homossexual, não sou bandido. Bandidos são os que se levantam contra mim”, destacou.
Ele complementou: “Sofri por toda minha vida inúmeras formas de preconceito. A homofobia é um crime. A utilização do aparato policial para uma evidente operação midiática é crime. A tentativa de enxovalhamento da reputação de um homem honesto é crime”.
Alcides também afirmou que irá processar aqueles que tentarem “manchar” a imagem dele, no que ele classificou como um “circo midiático montado pela espetaculosa ‘Operação Peneira’ “.
Por fim, o parlamentar reforçou que não ficará calado diante da injustiça que ele estaria sofrendo. “Levarei às barras da justiça as ratazanas roedoras que tentam acabar com minha reputação”.
Relembre
A prisão do segurança de professor Alcides ocorreu em uma das residências do deputado, em Aparecida de Goiânia, nesta quinta-feira (12).
Deflagrada pela Polícia Civil, a Operação Peneira prendeu também um instrutor de tiros e um policial militar da Companhia de Policiamento Especializado (CPE), que teriam utilizado uma arma de fogo para coagir o menor a entregar o próprio celular.
O objetivo seria apagar vídeos, fotos e conversas armazenadas no celular que revelavam uma relação íntima entre o adolescente e o parlamentar.
Confira a nota do Professor Alcides na íntegra:
Tentam estabelecer uma narrativa desonesta, baseada na distorção de fatos que teriam ocorrido e que supostamente envolveriam indiretamente meu nome.
Nada de verdadeiro! Nenhum fato concreto, uma repetição vergonhosa de mentiras e a utilização abjeta do aparato policial do Estado.
Há, sim, uma absurda utilização de acusações que não se sustentam, que não merecem credibilidade, que trazem a inequívoca marca da mentira mais deslavada.
Rechaço de forma veemente o envolvimento de meu nome num cipoal de inverdades, adrede concebidas pelos que, em momento político delicadíssimo no país, embalam o circo midiático montado pela espetaculosa “Operação Peneira”.
Sou empresário de sucesso, educador de muitas gerações de goianas e goianos, deputado federal eleito com grande votação pela generosidade do povo de Goiás.
Deploro a utilização preconceituosa, mesquinha e criminosa de minha pública orientação sexual como arma política. Sou homossexual, não sou bandido. Bandidos são os que se levantam contra mim.
Processarei todos os que tentam enxovalhar meu nome limpo, minha trajetória de vida impecável, tentando manchar a correção pessoal, profissional e empresarial que a norteia.
Me reconheço como homossexual. Sofri por toda minha vida inúmeras formas de preconceito. A homofobia é um crime. A utilização do aparato policial para uma evidente operação midiática é crime. A tentativa de enxovalhamento da reputação de um homem honesto é crime.
Corruptos pegos nas teias de abusos, manipulações e diversos crimes e que se encontram às voltas com a justiça, de forma solerte utilizam minha opção sexual – à qual exijo respeito – para a montagem de um circo de horrores onde buscam salvar-se à custa do sacrifício de minha honra pessoal.
Minha honra pertence a mim, aos meus parentes, aos meus amigos, aos meus eleitores, aos meus alunos, não aos detratores contumazes da moral alheia.
Agradeço comovido as milhares de manifestações recebidas de todo o Estado de Goiás e de todo o Brasil. Não me calarei! Levarei às barras da justiça as ratazanas roedoras que tentam acabar com minha reputação.