A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, nesta sexta-feira (28/2), a suspensão da investigação que envolve o ex-governador de Goiás, e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, por suposto desvio de recursos da área da saúde de 2012 a 2018.
Para o relator do caso, Gilmar Mende, o político merece foro especial em decorrência de nova discussão sobre o tema em andamento na corte. Ele levou a decisão ao plenário virtual e os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Nunes Marques e André Mendonça confirmaram a posição.
“Considerando a iminência de imaginável constrangimento ilegal com a conclusão das investigações, conforme determinado na parte final do ato reclamado, e a possível apresentação de eventual denúncia por órgão oficiante indevido e perante Juízo incompetente, entendo ser o caso de conceder a medida cautelar postulada”, diz, no voto.
Em nota, Marconi afirmou que a decisão “restabelece a verdade e demonstra que o STF age com rapidez e firmeza para impedir que ações políticas encomendadas prosperem no país”.
Perillo foi alvo de um mandado de busca e apreensão durante uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União no último dia 6. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, sendo dez em Goiânia e um em Brasília.
O inquérito tramita na 11ª Vara Criminal Federal de Goiás e o processo corre sob segredo de Justiça.