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Unidade de mineração de níquel em Niquelândia-GO é vendida para empresa europeia por R$ 20 milhões

Uma unidade de mineração de níquel, em Niquelândia, no norte de Goiás, que até então pertencia à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e estava parada, foi vendida para a empresa europeia Wave Nickel por R$ 20 milhões.

O contrato foi assinado nesta quinta-feira (13). A aquisição inclui uma mina, a planta de processamento e toda sua estrutura operacional. A estrutura é voltada para a extração e beneficiamento de minério de níquel, por meio de diferentes processos metalúrgicos, que resultam na obtenção do carbonato de níquel.

O polo industrial possui 55 milhões de toneladas de recursos de níquel (0,94% Ni e 0,12% Co) e tem capacidade para produzir cerca de 20 mil toneladas por ano de níquel contido em carbonato. Os recursos podem chegar a 80 milhões de toneladas, se forem consideradas as pilhas de minérios marginais.

Desde 2016 a unidade estava parada e, segundo o CEO da CBA, Ricardo Carvalho, caso a nova compradora resolva retomar a produção, a CBA receberá 3% de royalties sobre a receita operacional líquida da empresa, limitados a US$10 milhões ao ano. “Essa negociação está alinhada aos objetivos estratégicos da CBA, mantendo nosso foco no processamento de alumínio e reciclagem. Importante ressaltar que a gestão dos projetos do Legado Verdes do Cerrado e do parque solar permanece com a CBA, assim como a barragem do Jacuba”, disse.

Através da nova aquisição, a ideia é implementar no mercado brasileiro uma tecnologia disruptiva que usa micro-ondas para a separação dos minerais, eliminando a necessidade de barragens, já que os poucos resíduos inertes podem ser empilhados a seco. “Queremos implementar com maior velocidade uma tecnologia inovadora e sustentável para a produção de hidróxido misto de Níquel-Cobalto (MPH), produto intermediário para a fabricação de baterias, capaz de impactar o mercado global da eletrificação.

Além de nos inserirmos na cadeia de transição energética, posicionando o Brasil como pioneiro no mundo a incorporar e liderar esse processo”, afirma Gustavo Emina, CEO da Wave Nickel. A Wave Nickel espera que a planta opere em sua totalidade a partir de 2029, com a ativação do método Wave, em que o minério bruto passa por uma etapa de pré-concentração a seco, na qual os teores de níquel aumentam em 60% e a massa é reduzida em 40%; e por uma etapa de aplicação de ondas eletromagnéticas, que torna o níquel e o cobalto reativos e recuperáveis.

O final do processo ainda permite a recuperação de outros minerais estratégicos, como magnésio, cromo e manganês, além de produzir fosfato de ferro, outro importante insumo de baterias LFP, que também possui relevante valor de mercado. Além disso, 99% dos ácidos utilizados no método Wave são reciclados e recirculados, sem a dispersão destes no ambiente, e de forma sustentável.

O fechamento da transação acontecerá após o cumprimento de condições precedentes, incluindo a avaliação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)

Fonte: O Popular

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