O gari Dieverson de Moura Dias contou sobre momentos de aflição que viveu durante duas horas que a filha ficou desaparecida, em Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros.
Segundo a Polícia Militar, que ajudou nas buscas, Gabriela, de 6 anos, entrou, por engano, em um ônibus ao sair da escola e foi parar em um ponto de ônibus na zona rural, cerca de 20 km de distância do centro da cidade.
“Foi muita angústia. Fiquei com medo de alguém ter pego ela. […] Fiquei aflito, mas quando os policiais chegaram com ela, foi só felicidade”, disse.
A Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás informou em nota que a aluna da Escola Municipal Zeca de Farias entrou em um ônibus escolar sem o consentimento dos pais e foi para a casa de uma amiga da mesma turma que mora na zona rural. Assim que foi confirmado que a menina estava na chácara, a Polícia Militar trouxe a criança de volta aos pais.
Diante do desaparecimento, a prefeitura disse que vai reforçar as formas de controle de entrada e saída dos estudantes no transporte escolar, por meio de crachá de identificação e lista de presença (leia a íntegra ao final).
A situação aconteceu no último dia 10 de março. A avó da criança, Eny de Moura, contou que a neta é muito quietinha e alguém da escola que organizava a saída das crianças colocou a menina em uma fila das crianças que moram na zona rural e vão de ônibus para casa.
“Ela desceu do ônibus na última parada, já era tarde, uma mulher a viu sozinha lá e levou para fazenda onde mora, para cuidar e avisar alguém que tinha acolhido ela – deu comida, uma blusa de frio”, contou a avó após toda a situação resolvida.
Desespero
Como faz todos os dias, o pai disse que chegou por volta de 17h10 para buscar a filha e não a encontrou. Segundo ele, na escola onde ela estuda ninguém sabia dela. Desesperado, ele pediu ajuda das funcionárias e da Polícia Militar.
Avó da criança contou que também perdeu o chão quando soube do sumiço da neta. “A gente sempre pensa o pior”, comentou.
O sargento Bueno Hernany contou que, assim que sua equipe foi chamada, mobilizou Conselho Tutelar e outras unidades da PM para para encontrar a menina.
Segundo o sargento, por volta das 19h, uma mulher ligou para a escola e avisou que havia encontrado a menina perdida em um ponto de ônibus da zona rural, perto de fazendas. Os policiais foram ao local e buscaram Gabriela.
Quando ela voltou para os braços do pai e da avó, eles ficaram emocionados e aliviados, os moradores do bairro aplaudiram a chegada da menina, porque também estavam mobilizados pelo desaparecimento dela.
Nota da Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás
Na tarde da última quinta-feira, 10, uma das alunas da Escola Municipal Zeca de Farias, adentrou em um dos ônibus que fazem o transporte escolar para zona rural em Alto Paraíso de Goiás na saída da escola, sem o consentimento familiar, rumo à casa de uma das colegas da mesma turma, que reside em uma fazenda há 30km de distância do centro do município.
Assim que a notificação do desaparecimento da criança chegou ao conhecimento da unidade escolar e à secretaria municipal de educação, foram mobilizados todos os veículos do transporte municipal em busca da criança. Apesar da suspeita da criança ter adentrado ao transporte escolar sem conhecimento dos responsáveis, foi impossibilitado o contato com o motorista do ônibus ao qual a criança se encontrava, por razão do mesmo realizar o trajeto na área rural, e assim permanecer o tempo de traslado sem comunicação em razão do sinal telefônico.
Através da mobilização dos servidores da educação, unidade escolar e familiares foi levantada a suspeita da chance da criança estar na casa da amiga e assim Polícia Militar e chefe do transporte escolar municipal foram à residência, onde encontraram a criança à trouxeram para casa, em poucas horas após o ocorrido.
A Secretaria Municipal de Educação reforça seu empenho na busca pela criança, bem como reafirma que reforçará as formas de controle de entrada e saída dos estudantes no transporte escolar, por meio de crachá de identificação e lista de presença afim de garantir que eventos como esse não voltem a ocorrer. Também reforçamos nossa disponibilidade na assistência psicológica à criança e sua família.
Fonte: G1
