A Polícia Civil de São Paulo prendeu um estudante de Direito, de 28 anos, suspeito de ter matado a própria mãe, a professora aposentada Eliana Roschel, de 61 anos, em Parelheiros, zona sul da capital.
As investigações apontam que, após uma discussão dentro de casa, Maurício Gonçalves Garcia teria empurrado a mãe. Eliana caiu na escada, bateu a cabeça e perdeu a consciência. Em vez de pedir socorro, o filho deixou a mulher desacordada no sofá e fugiu. Quando retornou ao imóvel, dois dias depois, encontrou a mãe já sem vida.
De acordo com a Polícia Civil, o crime ganhou contornos ainda mais graves quando o suspeito decidiu ocultar o corpo e acessar as contas bancárias da mãe.
Para isso, teria cortado um dos dedos da vítima, utilizando-o para desbloquear o celular e movimentar aplicações financeiras. Em seguida, enrolou o corpo em um lençol, o colocou no porta-malas do carro e o abandonou em um terreno baldio, onde ateou fogo na tentativa de eliminar vestígios.
Mesmo após o assassinato, os investigadores relatam que Maurício tentou manter a rotina. Durante cerca de dez dias, usou o celular da mãe para responder mensagens e simular que ela estava viva, aparentemente para evitar que familiares e amigos percebessem o desaparecimento.
O disfarce começou a ruir depois que o suspeito assaltou um posto de combustível, o que chamou a atenção das autoridades.
Capturado, Maurício Gonçalves Garcia foi levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) do Cambuci, na região central de São Paulo. A Justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias, prazo em que a Polícia Civil deve aprofundar a investigação e reunir novos elementos sobre o caso.

