No dia 2 de fevereiro de 2012, a cidade de São Domingos (GO), viveu uma das cenas mais tensas de sua história. Uma quadrilha fortemente armada, intitulada de o novo Cangaço, promoveu um assalto cinematográfico a agência do Banco do Brasil, deixando moradores em pânico e mobilizando forças policiais de Goiás e de estados vizinhos.
Segundo relatos da época, entre sete e oito homens, encapuzados e usando coletes à prova de balas, invadiram a agência portando fuzis, escopetas e pistolas. Funcionários e clientes foram rendidos e feitos reféns.
Na fuga, os criminosos chegaram a usar aproximadamente dez pessoas como escudo humano, incluindo o gerente do banco e até policiais militares que se tornaram reféns quando a viatura que ocupavam cruzou com os assaltantes.
A quadrilha percorreu estradas da região com os reféns sob a mira das armas, liberando-os somente após garantir distância da cidade. Para dificultar o trabalho das autoridades, os bandidos incendiaram a caminhonete utilizada na ação e outro veículo, possivelmente de apoio, em uma estrada próxima ao município.
O episódio gerou um clima de medo e insegurança em São Domingos. Moradores relataram que a cidade ficou paralisada durante a ação, que aconteceu em plena luz do dia. A polícia cercou a região e equipes especializadas foram acionadas.
A gravidade do caso levou ao envio imediato do Grupo Anti-assalto a Banco (GAB) de Goiânia. Além disso, as forças policiais de Tocantins e da Bahia foram mobilizadas em apoio. Apesar do cerco, os criminosos conseguiram escapar e, até hoje, o valor levado do banco não foi oficialmente divulgado.
O assalto foi destaque na imprensa estadual e nacional, marcado pela ousadia dos criminosos e pela vulnerabilidade das pequenas cidades diante do crime organizado. Na época, sindicatos bancários também alertaram para os riscos constantes sofridos por trabalhadores do setor em municípios do interior.
Mais de uma década depois, o assalto a banco em São Domingos ainda é lembrado como um dos crimes mais impactantes já registrados na região. O episódio expôs a fragilidade da segurança no interior do estado e reforçou a necessidade de ações integradas entre as polícias de diferentes estados.
Embora a quadrilha tenha deixado um rastro de medo, o caso também revelou a rápida mobilização das forças policiais, que buscaram minimizar os danos e proteger a população.
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