InícioCidadesColégio de Formosa-GO está entre os cinco melhores do Brasil

Colégio de Formosa-GO está entre os cinco melhores do Brasil

Com apenas 106 alunos e 18 funcionários, sendo seis professores, o Colégio Estadual Professora Aurelice Gomes da Fonseca ficou entre as cinco melhores escolas públicas do país no ensino médio pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023. A escola fica no município de Formosa, Entorno do Distrito Federal.

O Ideb avalia o desempenho dos alunos, utilizando a taxa de aprovação das escolas e os resultados da avaliação de matemática e português, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A nota do colégio goiano foi 7,4, conforme dados divulgados no dia 14 de agosto.

A gestora da unidade de ensino, Isabel Tharyne, diz que o feito foi alcançado através do esforço de todo o quadro de funcionários da unidade, que desenvolveram e aprimoraram a metodologia de ensino do colégio ainda durante a pandemia de Covid-19. Ao tentar prevenir a evasão escolar, a escola se aproximou ainda mais dos alunos e das famílias.

Isabel ainda conta que mídias e meios tecnológicos foram adotados para estimular o interesse e o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. A escola conta com um laboratório fixo e outro móvel, que juntos somam 62 computadores. Além disso, cada estudante do 9° ano do ensino fundamental e de 1ª a 3ª série do ensino médio possui um Chromebook que leva para casa.

“A gente tenta identificar a dificuldade do aluno por meio de um trabalho pedagógico individual e, então, trabalhar essa dificuldade para ele se desenvolver. Os professores montam bancas que buscam uma realidade que os alunos possam conhecer futuramente”, explicou.

A unidade de ensino, porém, também se esbarrou em dificuldades para alcançar o feito, como tornar as aulas interessantes para os alunos. Como o colégio possui aulas apenas no período matutino, a direção optou por oferecer aulas à tarde como uma espécie de reforço.

A fim de evitar a evasão das atividades extraescolares, a unidade de ensino passou a realizar brincadeiras e sorteios de brindes, além de lanches diferenciados para atrair a atenção dos estudantes, que possuem entre 12 e 19 anos. A Secretaria Estadual de Educação (Sedec), inclusive, pretende expandir a metodologia para as demais escolas estaduais.

“Tentamos ao máximo cativar os alunos, fazer das aulas atrativas para os estudantes. A gente tem agora os alunos monitores, não apenas os professores. Nosso maior desafio é continuar mantendo os alunos dentro do processo e continuar trabalhando e melhorando as metodologias”, explicou Isabel.

Frequência e evasão

Alunos faltarem é uma raridade no Colégio Estadual Professora Aurelice Gomes da Fonseca, segundo Isabel. A coordenação da escola monitora a frequência dos estudantes diariamente e sempre tenta contato com a família dos jovens ausentes.

Além disso, a escola também promove o “resgate” de estudantes que deixaram a escola sem terminar os estudos. Essa dinâmica foi responsável por fazer com que Martilene Serafim dos Reis, de 36 anos, voltasse à sala de aula depois de 10 anos afastada.

“Fui mãe muito cedo e precisei deixar a escola para cuidar da casa, da família. Voltei porque tenho o sonho de terminar os estudos. Quero conseguir um bom emprego, ter um futuro melhor e ser um bom exemplo para os meus filhos”, explicou.

Cursando o 9º do ensino fundamental, a dona de casa frequenta a mesma escola que a filha mais nova, de 13 anos, e tem se destacado como aluna, de acordo com Isabel. No entanto, Martilene afirma que se esbarrou em dificuldades para se acostumar à rotina e, principalmente, para acompanhar as aulas.

A matemática, de acordo com a estudante, foi a matéria que mais exigiu esforço e concentração devido ao grau de dificuldade. Martilene diz que segue firme, visto que tem apoio dos professores e da direção da escola.

“Os professores são nota dez, incríveis. Todas as aulas são muito boas, gosto de todas”, reforçou.

Da Redação/ Blog Antônio Carlos/ Goiás Tec

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