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De Correntina-BA: Vovó Pifa de 108 anos é a mulher mais velha do mundo a fazer tatuagem

O receio de alguns ao fazer uma tatuagem é envelhecer e desbotar o desenho, mas para Epifânia Maria de Jesus Mendes, conhecida como Vovó Pifa, o importante é fazer o que se tem vontade. Baiana nascida no dia 7 de abril de 1917, no município de Correntina (BA), a idosa celebra seus 108 anos de vida na segunda-feira (7/4) e um feito: ser a mulher mais velha do mundo a fazer uma tatuagem.

A baiana, que se mudou com o marido e dois filhos para Goiânia no ano de sua fundação, em 1935, é testemunha viva de boa parte da história do Brasil. As marcas na pele refletem a presente vivacidade e cor que marcaram a sua trajetória.

Ao longo dos anos, além das muitas histórias para contar, Pifa é mãe de 14 filhos, avó de 39 netos, bisavó de 44 bisnetos e tataravó de 10 tataranetos.

Uma delas é a seguinte: ter ido da Bahia até Goiásde jegue, em uma jornada de 728,2 km. Ainda assim, vovó Pifa, que atualmente mora em Sobradinho 2, região administrativa do Distrito Federal, é lembrada por uma trajetória dedicada à família e uma paixão incondicional pela vida. “Hoje, eu só sou alegre. Eu já lutei muito. Lavava, passava, cozinhava, cuidava dos filhos”, relatou em entrevista.

As tatuagens

No Guiness Book pelo seu feito, Epifânia fez 4 tatuagens após os 90 anos de idade:  aos 90, 98, 101 e 104 anos, se tornando uma sensação mundial. Segundo ela, a decisão de fazer a tatuagem foi uma maneira de celebrar a vida, de afirmar sua independência e sua vontade de continuar experimentando novas coisas, independente da idade.

 “Eu sempre quis fazer tatuagens, mas na minha época não podia, era visto como algo feio. Meus netos me ajudaram a realizar esse sonho”, contou.

Onde está Vovó Pifa?

Após perder 9 filhos ao longo dos anos, Dona Epifânia está sob os cuidados da filha mais nova, Eunice Mendes, de 72 anos, que mantem a mesma devoção e carinho que a mãe sempre demonstrou. “Cuidar da minha mãe é um privilégio. São poucos os que podem envelhecer ao lado dos pais. É uma satisfação muito grande. Eu amo cuidar da minha mãe. Eu cuido com excelência, por mais que esteja ficando cada vez mais difícil”, conta Eunice, que enfrenta desafios ligados à saúde da mãe.

Os sinais da idade começaram a aparecer. Vovó Pifa apresenta traços de demência, o que afeta sua capacidade mental, a memória e o comportamento. Apesar disso, seu espírito permanece leve. “Eu sou a Pifa que não pifa”, brincou na conversa com o Correio Braziliense.

“Ela está cada vez mais difícil de cuidar, mas é uma honra ter minha mãe ao meu lado”, revela Eunice, sobre a mãe, que acredita que a sua longevidade é explicada pela alegria de viver. “Eu saía de manhã e voltava de noite. Eu dançava forró, eu cantava. Eu era muito querida por toda a galera”, lembra com saudade.

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