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Dia do Algodão Abapa celebra a cotonicultura no oeste da Bahia com recorde de público

Realizada pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA), a terceira edição do ‘Dia do Algodão’ aconteceu neste sábado (20), na Fazenda Orquídeas, do Grupo Schmidt, em Barreiras, oeste da Bahia, com o tema “O Presente da Transformação” e reuniu cerca de 1300 pessoas. Este é o maior encontro da cadeia produtiva do algodão no Nordeste e na região do MATOPIBA (área territorial que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e oferece palestras, área de convivência e estações técnicas.

O objetivo do evento é proporcionar aos cotonicultores, como são chamados os produtores de algodão, conhecer as novidades em pesquisa e tecnologia, além de troca de conhecimentos e experiências entre os eles, também os pesquisadores e profissionais do setor agrícola, que impulsionam a evolução da cotonicultura baiana.

Este ano, o ‘Dia do Algodão’ teve um gostinho ainda mais especial para os cotonicultores porque o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o maior exportador mundial de algodão com a safra 2023/2024, meta prevista pelo setor para ser batida apenas em 2030. O anúncio foi feito no início do mês durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Hoje, além de ser o maior exportador de algodão do mundo, o Brasil é o terceiro maior produtor do planeta, ficando atrás somente da China e da Índia. No cenário nacional, a Bahia responde pela segunda maior produção do país, perdendo apenas para o Mato Grosso.

O presidente da ABAPA, Luiz Carlos Bergamaschi, em conversa com o BNews, destacou a importância do dia para os produtores e para a região.

“O Dia do Algodão é uma oportunidade que as pessoas têm de conhecerem o modelo produtivo que a Bahia tem feito, dos produtores conhecerem essas tecnologias, também falarmos das ações que foram feitas e das ações que temos que fazer para o futuro. Então, acho que é o momento de revisar tudo isso, de aprimorar conhecimento. Isso é feito em uma fazenda, dentro do sistema produtivo, onde as coisas realmente acontecem e a cadeia toda está reunida. É a oportunidade para que todos, digamos assim, aprendamos um pouco mais sobre a cultura, valorizemos essa cultura fantástica que é essa fibra natural têxtil que tem trazido resultados aí para todos nós”, afirmou.
Bergamaschi também destacou a troca de experiências e de conhecimento que o evento proporciona.

“O Dia do Algodão, na terceira edição, tem uma importância relevante aqui para a nossa região. É uma cultura que tem crescido nos últimos anos, tem gerado emprego, tem gerado retorno social e a Bahia é o segundo estado produtor de algodão do Brasil. Então, esse dia traz toda a cadeia para cá, onde as coisas acontecem. E essa troca de experiência, de informações, através das palestras, do convívio, é um evento que certamente agrega para todo o setor e principalmente para a cadeia do próprio algodão”, ressaltou.

Para Paulo Schmidt, um dos proprietários do Grupo Schmidt, dono da Fazenda Orquídeas, onde foi realizado o ‘Dia do Algodão’, abrir as portas da propriedade para realização do evento é divulgar ao Brasil e ao mundo o que é produzido na região.

“A gente costuma abrir as portas da propriedade pra mostrar o que a gente tem de melhor e divulgar isso pra todo mundo. É muito importante, não só pra Schmidt Agrícola, como pra ABAPA e a cotonicultura, que todos venham ver como que a gente planta algodão, o que que a gente faz, com os cuidados pra que isso saia das portas das fazendas e reverbere ao longo do Brasil e do mundo. Nosso algodão hoje é exportado pro mundo inteiro. E muitas vezes você chega em Salvador ou São Paulo e a pessoa não sabe que aquele algodão que ele tá consumindo é produzido aqui na Bahia, ou no Piauí, ou no Goiás, ou em algumas outras partes do país. Então, o que a gente busca constantemente? Que todos saibam da onde vem a sua cultura, da onde vem o algodão que todo mundo está usando. Pode ter certeza hoje que 99% do algodão brasileiro que é consumido, ele é produzido no Brasil. E a gente fica muito feliz com isso”, ressaltou Schmidt.
Um dos pontos mais apontados pelos participantes do ‘Dia do Algodão’ é o networking que é possibilitado pelo evento, buscando a excelência no campo, a troca de conhecimento de qualidade, a apresentação das mais modernas ferramentas e tecnologias e até mesmo o surgimento de projetos e parcerias.

Além da palestra principal, que abordou o tema “Organizações Infinitas: Liderança e Inovações no Agro”, com destaque para a utilização da Interligência Aritificial (IA) na produção rural, os participantes também puderam discutir outros tópicos relevantes nas chamadas “Estações Técnicas”, como “Fitossanidade, sustentabilidade e resultados do setor”, “Futuro do Agro: Perspectivas para o Algodão” e “O algodão brasileiro no cenário global: estratégias para ampliar a participação no mercado”.

Alessandra Zanotto, vice-presidente da ABAPA, e que assumirá a presidência da associação em janeiro de 2025, destacou exatamente o networking rico que se concretiza durante todo o dia e também o sucesso do dia celebrativo.

“O evento está lindo, o evento está cheio. Cheio de pessoas que vieram não só para abrilhantar, para visitar, mas receber tanta informação bacana que está sendo distribuída aqui hoje e fazer um maravilhoso networking também. Está sendo uma surpresa para a ABAPA esse público, esse público recorde nessa edição do Dia do Algodão. Estamos todos muitos felizes e esperamos que todas as pessoas saim daqui levando muita coisa boa, muita informação bacana e um retrato muito valioso sobre a cotonicultura baiana e brasileira”.
Já Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA), também pontuou as experiências de networking e comemorou os bons resultados da produção baiana do algodão.

“É muito bom poder estar trazendo aqui com esse público, na lavoura deste ano, que está acontecendo com uma produção muito boa. Isso é fruto do trabalho dos produtores, das tecnologias investidas aqui. É graças ao clima, ao solo que nós temos aqui no oeste da Bahia, e faz com que nós tenhamos essa maravilha. Então poder fazer o networking aqui, trazer essas pessoas, poder mostrar o que nós temos de melhor, fazer essa troca de informação, apresentar as palestras, mostrar onde é que o algodão está situado no mundo e aqui no Brasil, faz com que a gente tenha um sucesso de público, sucesso de evento e vamos aproveitar o que temos de melhor aqui no oeste baiano”, disse Alexandre.

Fonte: BNews

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