A representatividade feminina no cenário político de Goiás continua muito baixa. Dos 246 municípios goianos, apenas 33 elegeram mulheres para comandar o Poder Executivo na eleição passada, o que representa 13,82% do total. E entre as 881 candidaturas ao cargo de prefeito, apenas 106 foram registradas por mulheres. Os números em Goiás refletem uma realidade constatada em todo o Brasil na qual o índice de mulheres ocupando cargos eletivos é bastante reduzido.
No tocante às candidaturas a vice-prefeito, dos 906 candidatos, 177 foram mulheres. E para o cargo de vereador foram 23.141 candidatos homens contra apenas 8.827 candidaturas femininas. Na Câmara Municipal de Goiânia atualmente estão em exercício de mandato apenas cinco vereadoras, o que representa 14,3% de participação feminina. Já na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) são apenas duas deputadas estaduais em atividade de um total de 41 parlamentares (4,8%).
A representatividade das mulheres no Parlamento brasileiro ainda é muito pequena – não ultrapassa 15% em cargos eletivos ocupados – comparada ao seu tamanho no eleitorado: elas são 52,5% da população que vota. Segundo o Mapa das Mulheres na Política 2020, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupa o 140º lugar no ranking global de representação feminina no Parlamento.
Cargos de liderança
Há quase 30 anos, a Megasoft atua na área de tecnologia para gestão pública, principalmente para prefeituras e câmaras municipais de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Maranhão. A diretora Emília Andrade observa que a baixa representatividade feminina é uma realidade também em cargos de liderança na eletivos. “Acredito que a sociedade tem um grande desafio contemporâneo, o de ampliar a presença feminina nos cargos eletivos e também de alto comando da administração pública”, pontua.
A diretora da Megasoft conta que realiza treinamentos de servidoras e servidores públicos de todos os níveis há décadas, sendo a maioria composta por mulheres. Entretanto, as funções de comando ainda são ocupadas majoritariamente por homens. “É preciso haver um esforço social coletivo de alçar às funções de liderança profissionais que sejam reconhecidos por mérito, por capacidade e não por gênero. Assumimos esse desafio quando decidimos realizar esse debate público”, afirma Emília Andrade.
Por Megasoft