O julgamento dos cinco acusados da morte do jornalista esportivo Valério Luiz foi adiado para o próximo dia 2 de maio. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) na manhã desta segunda-feira (14), após troca do advogado de defesa de Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do assassinato de Valério. O crime aconteceu há quase 10 anos, em julho de 2012.
O advogado Thales Jaime, vice-presidente da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) assumiu como advogado de defesa de Maurício Sampaio nesta segunda-feira. O advogado que estava à frente da defesa de Sampaio era Ney Moura Teles, que teria desistido do caso na última sexta-feira (11).
O crime
O jornalista esportivo foi assassinado a tiros no dia 5 de julho de 2012, quando saia do trabalho, na Rua C-38, Setor Serrinha, em Goiânia. Ele estava dentro do próprio carro e foi baleado por um motociclista que passava pelo local.
Segundo a investigação, no dia 17 de junho de 2012, em meio aos comentários que a vítima fazia no programa Mais Esporte, ao falar a respeito de possível desligamento de Maurício Sampaio da diretoria do time, ele teria dito que “nos filmes, quando o barco está afundando, os ratos são os primeiros a pular fora”. Em represália, a diretoria do Atlético Clube Goianiense proibiu a entrada das equipes jornalísticas nas dependências do clube.
Depois disso, Maurício teria procurado os policiais militares Ademá Figueiredo, e Djalma da Silva, que contou com o auxílio de Urbano Malta para organizar o crime, que era próximo de Maurício. Djalma também teria convidado Marcus Vinicius para fazer parte do crime. De acordo com a investigação, ele, que era proprietário de um açougue, chegou a guardar a arma do crime no estabelecimento e o celular que seriam utilizados no homicídio. Os chips dos telefones utilizados na comunicação foram habilitados em nomes de outras pessoas.
Investigação e denúncia
O caso foi investigado pela Polícia Civil e em 26 de fevereiro de 2013, os cinco foram indiciados por homicídio. Um mês depois, eles também foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) pelo mesmo crime.
Fonte: O Popular