Isolado em um hotel de Cavalcante, na região da Chapada dos Veadeiros, o médico Fábio Marlon Martins França teve de se recolher após passar por um episódio que o colocou nas manchetes dos jornais na última quinta-feira (27/01).
O delegado que deu voz de prisão ao médico estava positivado com covid-19 e França teve contato direto com o profissional da segurança, além de ter tido sua máscara retirada.
Solto na sexta-feira (28) por conta de uma decisão judicial que considerou que os agentes da Polícia Civil haviam agido em excesso e longe da família por conta da quarentena, ele quebrou o silêncio neste sábado (29/01) e comentou sobre a situação.
“Foi um excesso, abuso e algo humilhante, mas isso vou deixar para o meu jurídico. Eu queria agradecer a população de todo o meu coração. Queria parabenizar o juiz pelo trabalho sério praticado nesse caso”, destacou.
O médico destacou o período difícil que tem passado e que aguardará as investigações, mesmo assim, continua confiando nas forças policiais. “Mesmo passando por tudo o que passei, confio plenamente na polícia e na Justiça do Brasil. Sei que a prisão foi um erro do delegado em companhia dos agentes que se excederam bastante”, pontuou. Fábio disse que tudo seria resolvido, se o delegado conferisse os requisitos do programa Mais Médicos, a qual está enquadrado.
“Eu só queria que eles pudessem ter conferido os requisitos do programa Mais Médicos que disponibilizam funcionários de saúde para municípios que necessitam mesmo sem o CRM. Qualquer um na minha situação, não aceitaria ser preso ilegalmente”, pontuou. “Fui preso indevidamente no ambiente de trabalho, na Unidade Básica de Saúde em que presto serviços há mais de cinco anos no município de Cavalcante”, cravou.
Desde quinta-feira, Fábio disse estar tranquilo, apesar de estar distante do filho de seis meses e da esposa. “Eu tenho licença do programa Mais Médicos junto com o Ministério da Saúde através de um contrato que é vigente desde novembro de 2016. Ativo até novembro de 2022. Ainda não temos a certeza se o programa terá o contrato renovado, mas até novembro de 2022 ele está ativo e vigente, portanto, estou atuando de acordo com a legislação e ética profissional”.
Fonte: Diário de Goiás