O mês de agosto tem mostrado um cenário preocupante para Goiás no que se refere às queimadas. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), foram registrados 288 focos de incêndio nos primeiros 17 dias do mês em todo o estado.
Entre os municípios com maior número de registros, Monte Alegre de Goiás lidera o ranking, com 18 focos, enquanto Nova Roma aparece em quarto lugar, com 10 registros. A lista é completada por Niquelândia (15), Cristalina (11), Itapaci (8), Uruana (8), Vila Propício (8) e Formosa (7).
Do ranking atual, apenas Formosa figurava entre os principais municípios atingidos por queimadas em agosto do ano passado. Em 2024, os líderes eram Chapadão do Céu, Itumbiara, Mimoso de Goiás, Mineiros, Formosa, Morrinhos, Rio Verde, Padre Bernardo e Edéia.
O levantamento mostra que o problema se espalhou para novas áreas em 2025, atingindo com mais força municípios da região nordeste do estado, como Monte Alegre e Nova Roma.
Entre os meses de abril e setembro, as condições climáticas em Goiás favorecem a propagação do fogo. A ausência de chuvas, que já ultrapassa 103 dias na região Leste (onde ficam Monte Alegre e Nova Roma), somada à baixa umidade relativa do ar — frequentemente abaixo de 20% — e às práticas humanas inadequadas, cria um cenário de alto risco para queimadas.
Na comparação com 2024, a Semad aponta um aumento expressivo nas queimadas em algumas regiões do estado. Entre os dias 11 e 17 de agosto, as regiões Central, Oeste e Sul registraram crescimento de 190%, 100% e 125%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado. Já as regiões Leste, Norte e Sudoeste apresentaram redução de 38%, 2,9% e 5%, respectivamente.
No total, a terceira semana de agosto de 2025 já soma 13% a mais de focos de incêndio do que o mesmo período de 2024, o que reforça a gravidade da situação.
Os dados evidenciam a necessidade de intensificação das ações de fiscalização e conscientização da população, sobretudo em municípios como Monte Alegre de Goiás e Nova Roma, que lideram o ranking estadual. Sem medidas preventivas mais rigorosas, a tendência é que os números aumentem até o fim do período seco.
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