InícioCidadesMP-GO deflagra operação contra desvio de dinheiro público em Formosa-GO

MP-GO deflagra operação contra desvio de dinheiro público em Formosa-GO

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou, na manhã desta terça-feira (11), uma operação em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, para investigar desvios de recursos públicos envolvendo a contratação de empresas para a Câmara Municipal. Ao todo, 15 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos contra vários empresários e um vereador da cidade.

Conforme o MP-GO, a Operação Faxina investiga desvios de recursos ocorridos em 2021 através de fraude e licitações na contratação de empresas que oferecem serviços de limpeza para o prédio da Câmara de Formosa.

São alvos dos mandados de busca e apreensão as empresas Dinâmica Serviços Ltda, Ideal Consultoria Treinamento e Serviços Empresarias Ltda, 3 Marias Serviços e Facilidades e Naama Gonçalves Ribeiro Eireli, além dos empresários Gustavo Tadeu Alves, Gleice Gonçalves Vitor, Geovanna Vitor, Helany Nancy Fonseca e Naama Gonçalves.

A operação também investiga o vereador e ex-presidente da Câmara de Formosa, Acinemar Gonçalves, o Nema, que está afastado das funções parlamentares.

O esquema       

O MP-GO apurou a existência de uma cobertura fraudulenta de propostas fictícias com o intuito de beneficiar a empresa Dinâmica Serviços Ltda, cujo dono seria amigo do vereador Nema, e registrada em nome de “laranjas”.

A investigação, continua o órgão, começou após apreensão do celular de Nema na Operação Gestas. No aparelho, o MP-GO encontrou mensagens trocadas entre ele e o ex-prefeito de Formosa e atual secretário de Governo, Ernesto Roller.

Na mensagem, o vereador Nema envia o arquivo de uma denúncia de pregão do Tribunal de Contas do Município (TCM) com a frase “segura aí”, ao que Roller – que não é alvo da operação e nem das investigações – responde “ok”.

Segundo o MP-GO, Nema teria pedido intervenção do secretário no TCM para que a empresa investigada Dinâmica Serviços, de propriedade de seu amigo, continuasse a ser beneficiada. Porém, segundo o órgão, não há indícios de que Roller tenha atendido ao pedido.

Procurado, o secretário Ernesto Roller disse que não fez qualquer interferência no TCM e afirmou que sequer sabia do que se tratava a questão quando recebeu o arquivo da denúncia. “Não olhei nada. Agora que prestei atenção nesses dados”, disse.

A reportagem tenta localizar a defesa dos demais nomes citados nesta reportagem. O espaço permanece aberto.

Fonte: O Popular

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