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Empresária é suspeita de contratar seguranças para ameaçar caseiro e conseguir fazenda de R$ 16 milhões em Alto Paraíso de Goiás

Uma empresária está sendo investigada pela Polícia Civil de Goiás como principal suspeita de ser a mandante de uma invasão ocorrida em uma fazenda de Alto Paraíso de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros. Segundo o delegado regional, José Antônio Sena, sete pessoas foram detidas pela Polícia Militar no domingo (20), após tentarem tomar a propriedade à força.

A fazenda fica próxima ao Vale da Lua, um dos pontos turísticos mais conhecidos da região, e é avaliada em cerca de R$ 16 milhões. “Duas partes estão brigando judicialmente para ver quem é o real proprietário. Hoje, o local encontra-se em posse de uma dessas partes. Houve então essa tentativa de inversão da posse para que a pessoa já de imediato pudesse desfrutar do local, já que, normalmente, esse tipo de conflito judicial perdura por anos”, explicou o investigador.

O interesse é pelo alto valor da propriedade em questão, e também pela exploração turística do local. O Vale da Lua é um local protegido pelos órgãos ambientais. É um patrimônio histórico da Chapada dos Veadeiros.

Dos sete detidos, apenas um ficou preso por porte ilegal de arma. Os demais, incluindo um guarda municipal e um PM aposentado, foram autuados por invasão de domicílio e lesão corporal. De acordo com o delegado, os invasores empregaram violência para ingressar na propriedade, falaram que faziam parte de uma empresa de segurança do Distrito Federal e que estavam somente prestando um serviço.

Os caseiros mencionaram em depoimento que estavam no local e foram surpreendidos com duas viaturas. Os veículos tinham giroflex e as pessoas, armadas, desceram e solicitaram ingresso na residência. Falaram que estavam dando cumprimento a uma reintegração de posse.

O delegado conta ainda que os caseiros pediram a documentação e entraram em contato com a posseira, que, de imediato, acionou a Polícia Militar. Na delegacia, os detidos alegaram que foram contratados para permanecer na propriedade. Para isso, eles receberiam um valor mensal, ficando em posse da fazenda enquanto não há uma decisão judicial.

“Os servidores vão responder pelos respectivos crimes funcionais e demais delitos correlatos às atitudes deles. A pessoa que contratou vai ser investigada por ser a mandante desses delitos”, concluiu o delegado.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Fonte: O Popular

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