O hacker apontado como criador de um aplicativo fake e de desviar 30 milhões foi preso, na quarta-feira (12/4), em Alto Paraíso de Goiás, em operação do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O criminoso já havia sido detido anteriormente pela Polícia Federal (PF), durante a operação Saque Antecipado.
Relembre o caso
Francisco Bruno de Sousa da Costa, conhecido como “BRTurbo”, foi apontado como o cabeça do esquema criminoso, durante a operação da PF. O suspeito tem formação em análise de sistemas e um alto conhecimento informático. Antes preso, o ciberpirata chegou a criar um aplicativo falso da Caixa, e movimentou R$ 30 milhões em fraudes, envolvendo saques do auxílio emergencial
Além dos estelionatos, Francisco Bruno é sócio de uma empresa que tem como atividade principal “suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação”. Porém, os investigadores identificaram que a empresa é de fachada
Antes de ser preso, o cyber-criminoso fraudou R$ 1,3 milhão no Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e foi alvo de mandado de busca por crimes cometidos pela internet cancelando multas e quitação de outras taxas. A apuração ocorreu no âmbito da operação Backdoor da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva.
Saque antecipado
A Polícia Federal, por meio de consultas na Base Nacional de Fraudes no Auxílio Emergencial (BNFAE), identificou diversos golpes ocorridos em 2020, 2021 e 2022 pelos criminosos. Os investigadores verificaram movimentações financeiras que superaram os R$ 30 milhões.
Diversas contas bancárias foram abertas em nome de “laranjas” ou de pessoas de “confiança” para movimentar valores para as contas bancárias, cuja diversidade é necessária para evitar o bloqueio do dinheiro desviado das contas da Caixa, na ação cibernética.
Dois dos investigados que cediam suas contas bancárias para a movimentação fraudulenta dos recursos, trabalhavam como vigilantes.
Um deles, inclusive, cumpria horário na Superintendência Regional da PF no Distrito Federal (SRDF). As evidências encontradas até o presente momento mostram claramente a existência de indícios da prática do crime de fraude eletrônica praticado por organização criminosa, cujas penas se somadas podem chegar a 18 anos de reclusão.
Fonte: Metrópoles