Um homem que se apresentava como pastor é suspeito de participar da morte de um paciente que levou um “mata-leão” durante uma internação de um paciente morador de Posse (GO), em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia.
A Polícia Civil segue em busca de Alécio Gomes Viera Júnior, de 42 anos.
Segundo a investigação da polícia, o homem se passava por líder religioso para ter acesso aos pacientes da clínica e seus familiares. Após conquistar a família dos pacientes, o homem os levava a força para internação em uma clínica clandestina de reabilitação da dependentes químicos.
Segundo o delegado Humberto Soares, responsável pelo caso, Alécio Gomes possui outras duas passagens pelo crime de sequestro. As fotos do suspeito foram divulgas pela Polícia Civil para facilitar as buscas.
Entenda o caso
Um jovem morreu após sofrer um golpe de ‘mata-leão’ durante uma internação à força em uma clínica de reabilitação clandestina, em Abadia de Goiás. Cinco pessoas foram presas na última terça-feira (1º), entre elas, um gerente, os funcionários suspeitos de matar a vítima e os donos da clínica que teriam mandado fazer a internação.
Internação compulsória
O delegado explicou que o caso começou a ser investigado há dois meses após funcionários de um hospital na região nordeste do estado, chamarem a polícia após a morte do jovem. De acordo com o investigador, a vítima tinha problemas com uso de drogas e, por isso, a família pediu a internação dele na clínica, mas não sabiam a forma como ela era feita.
“Tinha que tomar, não tinha isso de não querer tomar. Eles ainda cobravam a mais da minha família para dar mais remédios. Qualquer coisa eles oprimiam a gente. Graças a Deus, os policiais chegaram e eu vou embora daquela cárcere de privado”, afirma. O investigador relata que as famílias pagavam em média R$ 2 mil por mês pela internação, mas que algumas pagavam até R$ 5 mil.
Investigação
Soares explica que a internação de paciente deve ser feita após uma decisão judicial ou orientação médica com prazo e medicações necessárias. Questionado sobre a família da vítima, o delegado afirma que eles estão ajudando nas investigações. Os suspeitos são investigados pelo homicídio qualificado e sequestro, além de cárcere privado, falsificação de documentos e curandeirismo.
Fonte: G1