O Hospital Estadual de Formosa (HEF) realizou, na quarta-feira (6/8), sua décima captação de órgãos. Esse é o quarto procedimento do tipo realizado em 2025, e ocorreu apenas sete dias após a nona captação, evidenciando o preparo da unidade do Governo de Goiás gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED) e a conscientização da população sobre a importância desse ato de solidariedade.
A doação foi autorizada pela família de um paciente de 55 anos, após a confirmação da morte encefálica, conforme os critérios médicos e legais. Com a permissão, os rins foram captados e enviados à Gerência Estadual de Transplantes, de onde seguiram para São Paulo, beneficiando pacientes que aguardam na fila de espera por um transplante.
A captação foi conduzida pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), responsável por acompanhar todo o processo, desde a confirmação da morte encefálica até o apoio prestado à família. O trabalho da comissão é pautado pela escuta ativa, pelo acolhimento e pelo respeito à dor do momento, garantindo que todas as informações sejam repassadas com sensibilidade e clareza.
O envolvimento de uma equipe multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e demais profissionais, é essencial para oferecer apoio emocional e segurança à família, transformando a dor da perda em um ato de solidariedade que pode salvar vidas.
Compromisso
Com dez captações de múltiplos órgãos realizados, três somente no mês de julho, o HEF reafirma sua atuação ética, técnica e humanizada. Cada procedimento representa não apenas uma nova chance de vida para pacientes em situação crítica, mas também reflete o comprometimento da equipe e a confiança da comunidade na instituição.
Para a diretora do hospital, Bruna Mundim, o ato de doar representa muito mais do que um procedimento médico, é um gesto de humanidade que salva vidas. “Cada doação é um ato de profunda solidariedade, que pode transformar a dor em esperança para quem aguarda por um transplante”, definiu a médica.
“No HEF, tratamos cada captação com máxima responsabilidade, acolhendo as famílias com empatia e conduzindo todo o processo com respeito e sensibilidade. Esses números refletem o empenho diário da nossa equipe e a confiança da população em nosso trabalho. Nosso maior compromisso é com a vida e com o fortalecimento da cultura da doação em nossa comunidade”, destaca Bruna.
Desejo de doar
A autorização familiar é requisito indispensável para que a doação de órgãos e tecidos possa ser realizada. Por isso, é fundamental que cada pessoa manifeste seu desejo de ser doadora ainda em vida e compartilhe essa decisão com seus familiares. Um gesto simples de empatia e responsabilidade que pode transformar muitas histórias e oferecer esperança a quem mais precisa.