InícioCidadesJosé Eliton afirma que 'há uma tendência grande de Lula ganhar essa...

José Eliton afirma que ‘há uma tendência grande de Lula ganhar essa eleição’

O ex-governador de Goiás José Eliton (PSB) reforçou seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. “Tenho convicção de que há uma tendência muito grande de Lula ganhar essa eleição”, disse, em entrevista à jornalista Cileide Alves, no programa Chega pra Cá, transmitido às terças-feiras nas redes sociais. Eliton também contou que tem encontro com Lula marcado para esta quarta-feira (6).

Eliton deixou o PSDB na semana passada e se filiou ao PSB, com o intuito de trabalhar pelo que ele tem chamado de frente ampla de oposição progressista, em Goiás, ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao governador Ronaldo Caiado (UB). Defensor de um palanque goiano de centro-esquerda para a chapa de Lula e do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato a vice-presidente, o ex-governador de Goiás diz que segue esse caminho por convicção.

Para ele, já está evidente que não há mais espaço para o avanço de uma terceira via na disputa presidencial e, por isso, é preciso se posicionar dentro da polarização que está posta: entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL). “Você tem a liderança do presidente Lula nas pesquisas e uma recuperação do presidente Bolsonaro, então, com essa recuperação de Bolsonaro, me parece que há pouco espaço para que uma outra candidatura venha retirar um dos dois pólos do segundo turno”, disse.

Eliton ainda contou que Alckmin, que foi o primeiro a fazer essa migração do PSDB para o PSB, telefonou para ele em dezembro do ano passado para comunicar que sairia do partido. Na época ainda não havia definição de que o ex-governador de São Paulo estaria na chapa petista. Segundo Eliton, agora, com a aproximação da data limite para filiações partidárias, ele foi convidado para uma conversa no estado de Alckmin.

“Foi uma conversa longa, abordamos todo o cenário nacional, as teses, quando ele destacava que essa união com Lula tinha por fim voltar o Brasil ao equilíbrio econômico, fiscal, e terminar com esse processo inflacionário”, contou Eliton. Segundo o ex-governador de Goiás, foi aí que lhe foi feito o convite para se filiar ao PSB.

Eliton antecipou, ainda, que tem reunião marcada com Lula para esta quarta-feira, com a presença de Alckmin, e que, como foi um convite do petista, não tem como dizer o que estará em pauta, mas faz suposições. “Haveremos de discutir as questões de Goiás. Claro que a agenda é dele e vou aguardar, mas penso que passará pela discussão do cenário nacional e do cenário local”, disse. Em entrevistas a veículos goianos, Lula também já defendeu a formação de uma frente ampla de oposição em Goiás.

O ex-governador reforçou que não se filiou ao PSB com o objetivo de ser candidato a governador, mas que, se mais à frente esse cenário se apresentar, ele pode colocar o nome para a disputa. Eliton teve reuniões nesta semana com lideranças goianas do PT, como o próprio pré-candidato a governador do partido, Wolmir Amado, e ambos ainda preferem ter cautela ao falar em composição na chapa majoritária.

Na entrevista à Cileide Alves, Eliton afirma, porém, que o PT e o PSB vão apoiar uma única chapa em Goiás, afinal ambos defendem que o candidato a governador que apoiarem defenda também a eleição de Lula. A ideia agora é conversar com outros partidos para viabilizar a unidade de oposição no estado, que também sirva de palanque para essa candidatura presidencial, explica.

Saída sem traumas
Ele também afirma que a saída do PSDB foi sem rupturas e muito conversada com o presidente do diretório estadual da sigla, o ex-governador Marconi Perillo. “Foi uma decisão que eu tomei, respeito às posições de Marconi e ele haverá de liderar uma caminho que ele ache que é melhor para o PSDB. Eu tenho muitos amigos no partido e todos entenderam com perfeição essa minha posição, porque essas manifestações eu já faço há muito tempo.”

As manifestações a que Eliton se refere são as declarações em defesa de uma posição de centro-esquerda. Ainda no PSDB, ele chegou a defender uma aliança do partido com o PT, no ano passado, mas foi criticado por tucanos antipetistas. Isso levou Marconi a divulgar uma nota dizendo, inclusive, que PT e PSDB são como água e óleo em Goiás.

Ainda em relação à decisão de se desfiliar, Eliton diz: “Não saio rompido, ao contrário, saio com o objetivo de ampliar as ações de oposição.”

Questionado quanto à viabilidade eleitoral de uma candidatura do PT, ou que tenha o PT na composição, em Goiás, Eliton diz acreditar que se a chapa tiver um projeto específico para o estado, com boas propostas, e que não seja apenas um apêndice da chapa nacional, ela terá condições de se destacar na eleição para governador de Goiás.

“Essa chapa a ser construída em Goiás não pode ser um apêndice dependente da chapa presidencial. É claro que a chapa presidencial terá importância, mas tem também que ter luz própria para defender as suas teses, seus programas de natureza regional”, explicou.

POSTAGENS RELACIONADAS
- PUBLICIDADE -
- PUBLICIDADE -

MAIS LIDAS DA SEMANA