A Policlínica Estadual do Entorno – Formosa, unidade do Governo de Goiás administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), reforça a importância da prevenção e do cuidado diante de acidentes envolvendo materiais biológicos. Esses acidentes, que podem ocorrer em diferentes situações do dia a dia ou no ambiente de trabalho, oferecem risco de transmissão de doenças graves, como hepatite B, hepatite C e HIV. A unidade destaca que, embora a chance de contágio seja variável, medidas imediatas e adequadas podem reduzir significativamente o risco de infecção.
Manter cuidados básicos, como o uso de luvas, máscaras, aventais e higienização das mãos, é fundamental para evitar acidentes. Profissionais de saúde e a população em geral devem estar atentos ao descarte correto de seringas, agulhas e outros materiais perfurocortantes, evitando contato direto e descartando-os apenas em recipientes apropriados. Pequenas medidas preventivas podem prevenir situações graves e proteger a saúde de todos.
Em caso de contato com sangue ou fluidos corporais potencialmente contaminados, é essencial lavar imediatamente o local com água e sabão, evitando esfregar a ferida. A orientação também inclui procurar atendimento médico especializado o quanto antes, para avaliação do risco de infecção e possível aplicação de medidas preventivas, como soroterapia ou profilaxia medicamentosa. O acompanhamento adequado pode reduzir drasticamente a probabilidade de transmissão de doenças.
Para o médico infectologista da unidade, Wanderson Sant’Ana, a prevenção e a rapidez no atendimento são essenciais para reduzir os riscos de infecção em acidentes com material biológico. “Mesmo um acidente aparentemente simples pode ter consequências sérias se não houver acompanhamento adequado. A informação correta e a conscientização são nossas melhores ferramentas contra doenças transmissíveis por material biológico,” afirma o médico.
Riscos
Estudos mostram que, em acidentes com material biológico, o risco médio de transmissão de HIV é de aproximadamente 0,3%, segundo o Protocolo de Exposição a Material Biológico do Ministério da Saúde. Já no caso da hepatite B, esse índice pode chegar a até 30% em situações de exposição sem proteção, de acordo com a mesma fonte. Esses dados reforçam a necessidade de atenção redobrada e da adoção de protocolos de segurança rigorosos em todos os ambientes, especialmente para profissionais de saúde e pessoas que lidam regularmente com materiais biológicos.
A unidade reforça que todos os casos de acidentes com materiais biológicos devem ser comunicados imediatamente à equipe de saúde, que fornecerá atendimento seguro e orientação sobre os próximos passos. Além disso, campanhas educativas e palestras periódicas buscam conscientizar a população e os profissionais sobre os cuidados preventivos e a importância do correto manuseio e descarte de materiais potencialmente contaminantes.